• Matéria: Português
  • Autor: mariajacorina
  • Perguntado 7 anos atrás

Por favor me ajudem a fazer uma redação cujo tema é: Alternativas para reduzir o analfabetismo no Brasil.

Respostas

respondido por: danilolifecoach
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São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas. No Brasil, conforme pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não conseguirem compreender seu conteúdo, embora sejam tecnicamente alfabetizados. Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, revelou dados da oitava edição do Indicador de Analfabetismo Funcional, o Inaf, cujos resultados são alarmantes.

De acordo com o Inaf, a alfabetização pode ser classificada em quatro níveis: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar (ambos considerados analfabetos funcionais), alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno (esses dois últimos considerados indivíduos alfabetizados funcionalmente). Conforme a pesquisa, que aplica um teste avaliando as habilidades de leitura, escrita e Matemática, o domínio pleno da leitura vem sofrendo queda entre todos os entrevistados, tendo eles concluído o Ensino Fundamental ou o Ensino Superior. Os dados mostram que o problema do analfabetismo funcional deve ser levado a sério, pois a dificuldade de compreensão dos gêneros textuais, mesmos os mais simples e mais acessados no cotidiano, prejudica o desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional do indivíduo.

O letramento é uma das soluções para a erradicação do analfabetismo funcional, pois extrapola a visão tecnicista de alfabetização

Embora o número de analfabetos tenha diminuído no Brasil nos últimos quinze anos, o analfabetismo funcional ainda é um fantasma que atinge até mesmo estudantes que frequentam o ensino superior, desfazendo o mito de que ele estaria intrinsecamente relacionado à baixa escolaridade. As pesquisas desenvolvidas sobre o índice de analfabetismo funcional no país são de extrema importância, já que promovem o debate entre diversos grupos sociais responsáveis por desenvolver um novo parâmetro educacional a partir da discussão das causas e efeitos do Inaf.

Desenvolver métodos que priorizem o letramento é fundamental para que o analfabetismo funcional seja superado, e para isso é inquestionável a importância do trabalho conjunto entre pais e professores. Engana-se quem acredita que cabe somente à escola o papel de alfabetizar e letrar, visto que o letramento é uma prática presente em diversas situações do cotidiano, envolvendo não apenas a leitura tecnicista de textos, mas também o desenvolvimento da criticidade e capacidade de elaborar opiniões próprias diante dos conteúdos acessados. A aprendizagem deve ser universalizada, propiciando assim que todos os leitores atinjam o nível pleno da alfabetização  funcional.


respondido por: pascalesousa
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Resposta:

A incapacidade de compreender textos simples demonstrada por uma pessoa alfabetizada é chamada de analfabetismo funcional. É possível (e muito frequente) encontrar analfabetos funcionais mesmo no ensino superior. Não raramente, professores relatam que se deparam com alunos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. Essa deficiência pode ser encontrada entre alunos de MBAs, Mestrados e até mesmo Doutorados, que apresentam textos vazios e incoerentes. A causa de índices de analfabetismo funcional tão altos parece estar associada à baixa qualidade dos sistemas de ensino público, à falta de infraestrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura por parte do brasileiro. Basta dar uma olhada em trechos de textos retirados do Enem para que se possa perceber claramente a incapacidade de interpretação e dissertação de inúmeros alunos. Veja alguns desses exemplos no link a seguir.

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