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Trazido para o Brasil no final dos anos 1970, os primeiros bailes funks eram realizados na Zona Sul do Rio de Janeiro (área nobre da cidade). Apenas com o crescimento da MPB e do uso do “Canecão” – local onde os bailes aconteciam – para shows desse gênero que os “Bailes da Pesada” começaram a adentrar o subúrbio. Esses encontros aconteciam semanalmente, mas em clubes diferentes, como descritos na obra “DJ Malboro no funk”, de Suzana Macedo. No final dessa mesma década, com a imprensa descobrindo o funk, ele começa a se espalhar por todo o país. Trata-se da popularização de um movimento que, até então, era produzido na periferia e para a periferia.
Na troca de milênio, o funk também passou por mudanças. Não somente em seu lugar de origem (periferia), agora ele toma conta das casas noturnas, academias e tantos outros lugares frequentados, em sua maioria, pela classe média. Nessa mesma época os “bondes” começavam a fazer sucesso, como, por exemplo, o Bonde do Tigrão. Apesar de não ter sido criado nos anos 2000, essa foi a época em que o grupo alavancou, chegando a conquistar, em 2001, seu disco de platina pela Pró-Música Brasil.
Em seguida, as mulheres também entraram no gênero. Tati Quebra-Barraco, como é conhecida a MC, foi uma das precursoras do funk cantado por mulheres. Seus principais sucessos da época são “Boladona” e “Sou feia, mas tô na moda”. As letras de suas músicas falam de sexo, empoderamento e liberdade.