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REVOLUÇÃO BRANCA
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918/19), as condições de vida da maioria da população russa ficaram ainda piores. Além das exigências naturais de qualquer conflito, as constantes derrotas do exército nacional tornavam ainda mais graves as consequências da guerra. Racionamento, elevados gastos públicos com a manutenção das forças militares e baixas no front elevaram, então, a insatisfação social a níveis explosivos.
Em fevereiro de 1917, este inconformismo assumiu contornos mais concretos. Sob a liderança da burguesia e com apoio de grupos mencheviques, a “Revolução de Fevereiro” determinou a queda do czar Nicolau II, sendo instituído em seu lugar um governo provisório. Sob a direção de Aleksander Kerensky, o novo governo rapidamente perdeu o apoio inicialmente dado pelos sovietes, insatisfeitos com a permanência da Rússia na guerra e a ausência de medidas verdadeiramente revolucionárias.
Em abril do mesmo ano, Vladimir Lenin, líder bolchevique, discursou contra a inoperância do governo provisório, acusando-o de não agir em relação a três questões fundamentais: a retirada do país da guerra, as ondas de fome que afligiam a maioria dos russos e a extrema concentração de terras no país. Baseadas no lema “paz, pão e terra”, as “Teses de Abril” surgiam, assim, não apenas como uma crítica ao poder instituído, mas como a base das concepções políticas defendidas por Lenin.
REVOLUÇÃO VERMELHA
Em outubro de 1917, o processo revolucionário atingiu seu ápice através de um novo golpe, mas agora tendo os bolcheviques como condutores do movimento. Com o sucesso da “Revolução de Outubro”, o governo, então liderado por Lenin, passa a obedecer a diretrizes de cunho socialista. Prontamente, além da imediata rendição do país na Primeira Guerra Mundial, outras medidas são tomadas, como a nacionalização da economia, a entrega do controle das fábricas aos trabalhadores, o combate à propriedade privada e a implementação de um programa radical de reforma agrária.
Em oposição a este comando socialista, desenvolve-se uma oposição contrarrevolucionária, constituída pela burguesia e por grupos czaristas. A Rússia entrava, assim, em uma violenta guerra civil, que ao longo de seus quatro anos (1917-1921) colocou em lados opostos as forças governamentais (representadas pelo Exército Vermelho, comandado por Leon Trotsky) e os setores antibolcheviques (que integravam o Exército Branco).