como, de acordo com o pensamento de maquiavel, os soberanos poderiam fazer com que o povo se lembrasse da importância do governo?
Respostas
Maquiavel foi o idealizador do Estado Forte (Teoria do Estado Absoluto).
Muitos o apontam como sendo o fundador do pensamento político moderno.
Maquiavel, com maestria, desenvolveu a ciência política (a arte de governar), tendo como principal "engrenagem" o poder centralizado para a criação e defesa de um Estado forte.
Dentre suas principais obras destaca-se "O Príncipe" - publicado em 1513. Muitos denominam esta publicação como um "tratado clássico da ciência política".
Niccoló Machiavelli - entre nós Nicolau Maquiavel, nascido em Florença, Itália, em 03 de maio de 1469 -, dedicou grande parte de sua vida ao desenvolvimento e entendimento das maneiras de governar e "manipular" o poder.
Para Maquiavel - se fazia necessária a intolerância religiosa como requisito na formação deste Estado Forte. Ele entendia ainda que desta forma, seriam extintas as invasões estrangeiras que tanto atingiam os assuntos internos da Itália.
O fortalecimento do Estado passa a ser, portanto, algo necessário. A valorização da moral sofre a transição da esfera pessoal para universal, abandonando definitivamente o contexto divino. Segundo Maquiavel, o Estado com poder centralizado proporciona proteção, inclusive para seu condutor. Com isto, a idéia de liberdade do homem é posta de lado, abrindo espaço para a capacidade deste mesmo homem viver em sociedade, sempre em detrimento do poder centralizado.
Uma vez consolidado o Estado de poder absoluto, é preciso enfrentar o desafio de mantê-lo como tal. Os caminhos percorridos para este fim independem conquanto que permaneça com a mesma característica de centralização. O Estado nesta condição é capaz de produzir suas próprias leis - um Estado autônomo e criador de política. Estas são estabelecidas também para conter os conflitos sociais - que no início serviram como "combustível" para alimentar a necessidade da formação do Estado Absolutista.
A racionalidade é outra característica que precisa estar presente no comando do Estado - tal dimensão independe da ação tomada, desde que seja mantido o objetivo de atender (completamente) os interesses do poder centralizado. Seu assessoramento deve ser composto por personagens nacionais, para que assim, reúna capacidade de enfrentar, quando preciso - seus inimigos sem demonstrar fraquezas e, sobretudo, manter distante a criação de conflitos internos contra seu próprio condutor.