• Matéria: Português
  • Autor: andreiafrancesp596w1
  • Perguntado 7 anos atrás

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A gente veio para a cidade e trouxe tudo o que tinha: latas de plantas, umas cinco galinhas num baú, um banco, camas,guarda-roupa sem porta. Pusemos tudo num caminhão. Um menino meu veio segurando o cachorrinho. O papagaio também veio. Tinham contado lá na roça que a cidade tem de tudo: trabalho,oficina, hospital, escola, ônibus. Lá onde a gente vivia não dava mais para ficar. Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria. Então resolvemos mudar. Aqui a vidanão é fácil. Arranjei trabalho na fábrica e controlo as máquinas. Faço todo dia a mesma coisa, o dia inteiro. Cansa mexer nas maquinas sempre do mesmo jeito, e, se a gente se distrair, fica sem osdedos. Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa e bem simples e tem um pedaço de terra onde a gente plantou umas ervas de chá, couve, cheiro-verde. O dinheiro não dápara comprar muita coisa; até os meninos pequenos trabalham. Às vezes penso em voltar para a roça. Mas aqui meus filhos podem estudar, tem um muito esforçado que trabalha no supermercado e já está naoitava série. Na roça a vida é sossegada, tem muita natureza, não tem perigo de assalto. Mas a vida só é boa para quem é dono da terra. Lá a nossa vida não tem esperança nenhuma. Parece queninguém liga para o povo da roça.

Respostas

respondido por: gaby3247
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Nós viemos para a cidade e trouxemos tudo o que tínhamos: latas de plantas, cinco galinhas em um baú, banco, camas ,guarda-roupa sem porta. Pusemos tudo em um caminhão. Meu menino veio segurando o cachorrinho. O papagaio também veio. haviam contado lá na roça que a cidade tem de tudo: trabalho, oficina, hospital, escola, ônibus. Onde a gente vivia não dava mais para ficar. Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria. Então resolvemos mudar. Aqui a vida não é fácil. Arrumei trabalho na fábrica e controlo as máquinas. Faço todo dia a mesma coisa, o dia inteiro. Cansa mexer nas máquinas sempre do mesmo jeito, e, nos distrairmos, ficamos sem os dedos. Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa é bem simples e tem um pedaço de terra onde plantamos umas ervas de chá, couve, cheiro-verde. O dinheiro não dá para comprar muita coisa; até os meninos pequenos trabalham. Às vezes penso em voltar para a roça. Mas aqui meus filhos podem estudar, tem um muito esforçado que trabalha no supermercado e já está na oitava série. Na roça a vida é sossegada, tem muita natureza, não tem perigo de assalto. Mas a vida só é boa para quem é dono da terra. Lá a nossa vida não tem esperança nenhuma. Parece que ninguém liga para o povo da roça.

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