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A expansão colonial do Japão deu-se no curto período de cerca de 50 anos, de 1895 a 1945, e é o resultado da busca do país em se equiparar às grandes potências da época, também dedicadas à expansão, militarismoe busca de áreas de comércio para os produtos locais. Esta política expansionista tem suas origens na "Restauração Meiji", ponto importante de mudança na história japonesa, que resgatará o sistema de governo direto do imperador (por isso restauração), acabando com séculos de ditadura militar "de facto" do xoguns, chefes que na prática exerciam o poder, relegando o monarca a uma posição meramente figurativa.
Assim, o Imperador Meiji (título honorífico de Mutsuhito) assume o poder em 1868, fazendo uma mudança fundamental ao acabar na prática com o feudalismo reinante, trazendo o Japão à modernidade. Imbuído desse espírito, este passará de mera sociedade agrícola, atrasada, a uma posição de destaque no cenário mundial. Obviamente, para a época, se o Japão quisesse se tornar uma verdadeira potência, teria que conquistar territórios; consequentemente, tal projeto envolveria guerras, e para isso, ocorre um investimento pesado no setor militar. O alvo previsível dessa nova potência com desejos expansionistas seria a fraca e debilitada China, que não oferece maiores resistências, e na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895) Taiwan, as ilhas Pescadores e a península de Liaodong (próxima à atual Coreia do Norte) são conquistadas e inicia-se a influência sobre a Coreia.
O próximo oponente a ser vencido seria o Império Russo, na Guerra Russo-Japonesade 1904-1905 pelo controle da Coreia, parte da ilha de Sakhalin e da Manchúria. Os súditos nipônicos conquistariam uma vitória inédita que repercutiria no mundo todo, pois até aquela data nenhum povo asiático havia vencido uma potência europeia em uma guerra formal. A partir de então o Dai Nippon Teikoku (Grande Império Japonês) seria membro efetivo do seleto grupo das grandes potências mundiais. A anexação formal da Coreia (protetorado desde 1905) dá-se em 1910.
Em 1912, novo monarca sobe ao trono, o Imperador Taisho (Yoshihito), levando o Japão à Primeira Guerra Mundial. A guerra se tornaria bastante proveitosa aos japoneses, ao declararem guerra à Alemanha, auxiliando os aliados no Mediterrâneo e Pacífico. Como recompensa pela participação na guerra, o Tratado de Versalhes consagrou ao país o Mandato do Pacífico Sul, sob supervisão da Liga das Nações, confiando ao Japão a administração de várias ex-colônias alemãs na Oceania. Os territórios deveriam ser preparados para uma futura independência, não se admitindo qualquer exploração colonial, o que não ocorreu na prática. Eram parte desse mandato os atuais Palau, Micronésia, Ilhas Marshall, além de Ilhas Marianas do Norte, sob administração dos EUA.
Finalmente, o Imperador Showa (Hiroito), último governante do país como potência colonial sobe ao peder em 1926. Os partidários do militarismo, bem como os ultranacionalistas ganham cada vez mais força, levando o Japão à Segunda Guerra Sino-Japonesa (1837-1945), ao estabelecimento de um estado fantoche na Manchúria, e finalmente, a aliança com Alemanha e Itália formando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio na Segunda Guerra Mundial.
Durante o conflito global, o Japão ocupará extensas áreas do sudeste asiático e pacífico sul, às custas de França e Grâ-Bretanha, desgastadas com a frente europeia. São incorporados ao Império várias partes do litoral da China, Hong Kong, Macau, Filipinas, Indonésia, Camboja, Vietnã, Cingapura, Brunei e Timor, onde vários governadores nipônicos ou simpáticos aos japoneses são instalados. Em 1942, o Império Japonês atinge sua maior dimensão, com cerca de 7.400.00 km² (a área territorial brasileira é de 8.514.877 km², para comparação). Mas, com o bombardeamento de Pearl Harbor pelo Japão no fim do mesmo ano, os EUA entram na guerra e forçam o recuo japonês, que perderá seu império e será ocupado por forças americanas até 1952.
Assim, o Imperador Meiji (título honorífico de Mutsuhito) assume o poder em 1868, fazendo uma mudança fundamental ao acabar na prática com o feudalismo reinante, trazendo o Japão à modernidade. Imbuído desse espírito, este passará de mera sociedade agrícola, atrasada, a uma posição de destaque no cenário mundial. Obviamente, para a época, se o Japão quisesse se tornar uma verdadeira potência, teria que conquistar territórios; consequentemente, tal projeto envolveria guerras, e para isso, ocorre um investimento pesado no setor militar. O alvo previsível dessa nova potência com desejos expansionistas seria a fraca e debilitada China, que não oferece maiores resistências, e na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895) Taiwan, as ilhas Pescadores e a península de Liaodong (próxima à atual Coreia do Norte) são conquistadas e inicia-se a influência sobre a Coreia.
O próximo oponente a ser vencido seria o Império Russo, na Guerra Russo-Japonesade 1904-1905 pelo controle da Coreia, parte da ilha de Sakhalin e da Manchúria. Os súditos nipônicos conquistariam uma vitória inédita que repercutiria no mundo todo, pois até aquela data nenhum povo asiático havia vencido uma potência europeia em uma guerra formal. A partir de então o Dai Nippon Teikoku (Grande Império Japonês) seria membro efetivo do seleto grupo das grandes potências mundiais. A anexação formal da Coreia (protetorado desde 1905) dá-se em 1910.
Em 1912, novo monarca sobe ao trono, o Imperador Taisho (Yoshihito), levando o Japão à Primeira Guerra Mundial. A guerra se tornaria bastante proveitosa aos japoneses, ao declararem guerra à Alemanha, auxiliando os aliados no Mediterrâneo e Pacífico. Como recompensa pela participação na guerra, o Tratado de Versalhes consagrou ao país o Mandato do Pacífico Sul, sob supervisão da Liga das Nações, confiando ao Japão a administração de várias ex-colônias alemãs na Oceania. Os territórios deveriam ser preparados para uma futura independência, não se admitindo qualquer exploração colonial, o que não ocorreu na prática. Eram parte desse mandato os atuais Palau, Micronésia, Ilhas Marshall, além de Ilhas Marianas do Norte, sob administração dos EUA.
Finalmente, o Imperador Showa (Hiroito), último governante do país como potência colonial sobe ao peder em 1926. Os partidários do militarismo, bem como os ultranacionalistas ganham cada vez mais força, levando o Japão à Segunda Guerra Sino-Japonesa (1837-1945), ao estabelecimento de um estado fantoche na Manchúria, e finalmente, a aliança com Alemanha e Itália formando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio na Segunda Guerra Mundial.
Durante o conflito global, o Japão ocupará extensas áreas do sudeste asiático e pacífico sul, às custas de França e Grâ-Bretanha, desgastadas com a frente europeia. São incorporados ao Império várias partes do litoral da China, Hong Kong, Macau, Filipinas, Indonésia, Camboja, Vietnã, Cingapura, Brunei e Timor, onde vários governadores nipônicos ou simpáticos aos japoneses são instalados. Em 1942, o Império Japonês atinge sua maior dimensão, com cerca de 7.400.00 km² (a área territorial brasileira é de 8.514.877 km², para comparação). Mas, com o bombardeamento de Pearl Harbor pelo Japão no fim do mesmo ano, os EUA entram na guerra e forçam o recuo japonês, que perderá seu império e será ocupado por forças americanas até 1952.
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