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Em Canudos as propriedades eram comunais, o produto das colheitas era dividido em coletividade e a comunidade vivia de acordo com uma interpretação particular do Cristianismo, que tinha Antônio Conselheiro como seu principal intérprete.
Esta interpretação do Cristianismo foi considerada herética pela Igreja Católica, e a comunidade, que abrigava cerca de vinte e cinco mil pessoas, foi considerada uma "ameaça" pelos latifundiários locais (já que abrigavam a mão-de-obra barata que eles precisavam para manter as suas fazendas), sendo violentamente reprimida pelo exército nacional.
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