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O futebol brasileiro amanheceu triste nesta sexta-feira. O incêndio no alojamento do Flamengo no Rio de Janeiro que matou dez jovens atletas e deixou três feridos no hospital, é impossível explicar com palavras apenas.
A tragédia envolve muito mais do que perdas físicas ou materiais, é na verdade, a morte de sonhos. A morte e o fim de futuros para jovens que saíram muito cedo de suas casas, cidades ou estados para tentar materializar um precioso desejo: o de ser jogador de futebol e com essa profissão conquistar a dignidade e o conforto para as suas famílias, na grande maioria dos casos, gente carente e com poucos recursos.
Foi o fim para dez meninos – quase um time inteiro – de imaginações, de boas jogadas; de sorrisos e de projeções mentais sobre um futuro no qual poderiam ser Zico, Falcão, Junior, Lico, Ronaldinho ou Pelé.
O futuro não existe mais para esses “moleques”, o que existe é um passado feliz onde o toque na bola, o gol marcado – ou a defesa bem executada – transformou dias marcantes nas memórias desses meninos sonhadores. O tempo regulamentar terminou, restando a prorrogação nos campos do “além” onde a bola vai rolar para sempre.