• Matéria: História
  • Autor: luanasilva1602
  • Perguntado 7 anos atrás

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respondido por: xvxcnjwha
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O desenvolvimento das tecnologias de comunicação, particularmente da rede mundial de computadores (internet), sem sombra de dúvidas, influenciou o processo de constituição de um novo cenário de convivência humana. Essas tecnologias possibilitaram a criação de um ambiente digital, compreendido pelos principais pensadores contemporâneos da comunicação como ciberespaço.

Durante o 36º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que aconteceu em Manaus, na Universidade Federal do Amazonas em setembro de 2013, Lucia Santaella, importante pesquisadora e teórica da comunicação ministrou uma conferência sobre o DNA das redes sociais digitais, na qual afirmou que o ciberespaço, deve ser entendido como “uma extensão do espaço público, ou melhor, um espaço público complementar. Assim como nas praças e nas ruas, as pessoas identificam-se, apropriam-se e usam esses espaços complementares para expressar-se e conviver”.

Portanto, o ambiente digital não deve ser entendido como um mundo paralelo ou meramente virtual, ele constitui-se como parte integrante da realidade cotidiana de grande parcela da população mundial, especialmente dos mais jovens. Essa é uma compreensão importante para nossa reflexão sobre a influência das novas tecnologias de comunicação sobre a religiosidade das juventudes.

na internet, no ciberespaço os jovens compartilham novas maneiras de ser e conviver na sociedade contemporânea. Isso tem reflexo direto na identificação por parte dos jovens, para com as comunidades de pertencimento religioso.

sentimento de pertencimento. Especialmente os jovens se apropriam dessa possibilidade de constituição de comunidades no ciberespaço, especialmente porque na maioria das plataformas de redes sociais digitais, como o Facebook, por exemplo, já existe a possibilidade de se criar grupos de interesse públicos ou com certo nível de privacidade.

Grande parte dos jovens de hoje estão com os pés fincados nessa realidade das comunidades digitais, da comunicação em rede. Comunicar-se por meio das mídias sociais digitais, configura-se não apenas como uma questão instrumental para as juventudes, mas como elemento constituinte do novo jeito do jovem ser e interagir.

Essa presença quase que constante dos jovens no ciberespaço proporciona a interação e a relação com outras realidades, bem como outras visões de mundo. Consequentemente os jovens acabam conhecendo e se identificando com outras expressões religiosas, isso é possível devido às relações estabelecidas através da internet. Desse modo, os jovens acabam superando e afastando-se das tradições religiosas familiares, em busca de outras experiências.

No Mundo Virtual, em que os jovens são os protagonistas por excelência, onde se proliferam as comunidades virtuais, em que é possível estar em diálogo com outras expressões religiosas, onde se constitui um novo modelo de relação com o sagrado, concretiza-se a ciber-religião e a virtualização das práticas religiosas, que claramente alcançam grande parcela dos jovens, nativos desse espaço público complementar.

Vivemos tempos de profundas ressignificações nos modos de ser e estar no mundo por meio das modernas tecnologias de comunicação, o campo das experiências religiosas também passa por essas transformações. Jorge Miklos, importante pesquisador e teórico da interfase comunicação e religião, afirma que “se o ícone dos nossos tempos, a internet, tornou-se também sinônimo de fé, a conexão virtual substitui o religare”.

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