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Se for "Os caboclos de julho", a resposta é essa. Retirei do site
http://soledade2dejulho.blogspot.com/2012/08/os-caboclos.html
O tema apareceu no enredo da Mangueira, que foi a campeã do carnaval carioca.
Não consegui colar o texto todo, por isso deixei só uma parte. Entre no site, copie e cole texto ou o copie. Faça conforme a instrução de seu professor ou professora.
Os Caboclos
Diário de Notícias 04.07.1952 Diário de Notícias 04.07.1952
Representando a vitória nas Guerras de Independência e o surgimento da nova nação, o caboclo e a cabocla fazem parte do panteão cívico juntamente com os heróis do Dois de Julho. Figuras extremamente populares, agregam uma vasta gama de significados que “muitas vezes, extrapolavam o sentido cívico normalmente atribuído a eles.” (ALBUQUERQUE,1999, p. 91).
O Caboclo está presente nas comemorações da Independência da Bahia desde 1824, quando a população, para relembrar a entrada do exército pacificador em Salvador, enfeitou uma carreta tomada do inimigo na batalha de Pirajá, puseram sobre ela um velho de descendência indígena e levaram-na, em cortejo, da Lapinha ao Terreiro de Jesus, o ritual se repetiu no ano seguinte e, em 1826, foi esculpida a imagem do caboclo que circula nas ruas até os dias de hoje.
Boa parte a identificação popular dessa figura reside no fato dele representar os heróis que lutaram na Independência e que não são comumente lembrados: os soldados esfarrapados, os batalhões de índios usando armas tribais, de negros escravos e libertos, os sertanejos, à população voluntária que se organizou por conta própria em grupos para lutar, e que formaram maior contingente das tropas da Bahia. Como Labatut informou em um oficio ao Ministro José Bonifácio “nenhum filho de proprietário rico tinha se apresentado como voluntario” (TAVARES, 2001, p. 240).
A Cabocla foi inserida no cortejo festivo a partir de 1846, a pedido do então Presidente e Comandante de Armas da Província, o Tenente José de Souza Soares de Andrea. Este português naturalizado brasileiro considerava a presença do Caboclo, pela sua postura agressiva e dominadora, uma humilhação aos portugueses. O objetivo inicial era substituir o Caboclo por uma figura mais terna e conciliadora, mas diante da resistência popular, as duas imagens saíram no préstito.
O Imparcial 02.07.1923 O Imparcial 02.07.1923 É importante ressaltar a simbologia dessas duas figuras, a maneira como contrastam dentro das comemorações. O Caboclo paramentado como um guerreiro, portando uma lança esmaga uma serpente aos seus pés representando a tirania, a dominação portuguesa; afirmando seus direitos pela força; um símbolo de vitória; escolhido e aclamado pelo povo. Enquanto a Cabocla, representação de Catarina Paraguaçu que, com seu semblante sereno, traz a ideia de conciliação, da índia que acolheu o português – Caramuru, na figura de Diogo Álvares Correia – possibilitando a formação do Brasil, agregando através do parentesco brasileiros e portugueses. Da forma como foi concebida, a Cabocla resgata uma figura muito cara ao romantismo nativista, um mito de origem da nação brasileira que valoriza a figura do ameríndio e do europeu na composição da população e exclui a contribuição africana, considerada uma mácula na sociedade brasileira.
( Falta o restante do texto.)