Respostas
O termo Índia britânica é a denominação não oficial para o domínio colonial do Império Britânico sobre o subcontinente indiano, aqui entendido como a área geográfica que inclui os territórios atuais de Índia, Paquistão, Bangladesh (ex-Paquistão Oriental) e Myanmar (antes chamado "Birmânia"). Pode ser designado também pelo termo Raj britânico, do hindustâni rāj, "reino". No tempo, corresponde a um período desde 1858, quando os direitos da Companhia Britânica das Índias Orientais foram transferidos para a coroa britânica, até 1947, ano em que o Reino Unido passou a soberania sobre aquele território para os recém-criados Índia e Paquistão.[1] A colonização britânica na Índia mais tarde serviria de modelo para a expansão alemã no leste europeu.[2]
Do ponto de vista formal, o termo "Índia britânica" aplicava-se apenas às porções do subcontinente governadas diretamente pela administração britânica em Deli e, anteriormente, Calcutá. A maior parte do território do subcontinente sob influência britânica naquela época não era governada diretamente pelos britânicos: os chamados "Estados principescos" eram nominalmente independentes, governados pelos seus marajás, rajás, thakurs e nababos, quem reconheciam o monarca britânico como seu suserano feudal por meio de tratados.[3]
Áden passou a integrar a Índia britânica a partir de 1839; a Birmânia, a partir de 1886. Ambos tornaram-se colônias separadas do Império Britânico em 1937. Embora o Sri Lanka (antigo Ceilão) possa ser considerado parte do subcontinente indiano, não integrava a Índia britânica, pois era governado como uma colônia diretamente de Londres e não pelo vice-rei da Índia.
O Estado Português da Índia e a Índia Francesa eram formadas por pequenos enclaves costeiros governados por Portugal e França, respetivamente. Foram integrados à Índia após a independência indiana.