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A "Revolução Francesa" foi um período de mudanças sociais radicais na França, que culminaram no fim da monarquia sob Luís XVI, na fundação da Primeira República, e depois do Império Francês de Napoleão. A Revolução Francesa teve um enorme impacto político e cultural na história da cultura ocidental até os dias de hoje.
Causas da Revolução Francesa
As causas da Revolução Francesa podem ser atribuídas primeiro à situação econômica do país, e segundo à grande fome da década de 1780. A França, apesar de constituir na época o maior poderio econômico da europa, estava a época da posse de Luís XVI à beira da falência. Seu antecessor, Luís XV, contraiu dívidas enormes por duas razões, primeiro para conduzir guerras contra a Inglaterra, sobretudo a Guerra dos Sete Anos, e segundo para promover uma série de grandes construções em Versailles para elevá-la ao status de grande capital, incluindo os Ministérios da Guerra, das Relações Exteriores e da Marinha. Para tentar cobrir o aumento da dívida, Luís XV instituiu a vingtiéme, taxa de 1/20 avos de todo o dinheiro ganho, que era aplicada igualmente aos nobres e aos plebeus. Pensando que a situação estava resolvida com a nova taxa, o rei pôs-se a gastar mais ainda, até a data de sua morte.
Com a ascensão de Luís XVI, continuaram as rivalidades com a Inglaterra, e o rei decidiu apoiar integralmente, com exércitos e a marinha, a Guerra da Independência dos Estados Unidos. Com isso contraiu ainda mias dívidas, e, temendo o escárnio dos nobres, proibiu seus conselheiros financeiros de criarem mais impostos que afetassem a nobreza, e continuou a financiar uma vida luxuosa para si e sua corte. O resultado é que a dívida pública tornou-se colossal, e quase 2/3 de todo o dinheiro arrecadado no país era usado para pagar os juros.
Quanto à fome, a década de 1780 foi o começo de um período de baixas temperaturas anuais, em que muitas das culturas que haviam sido introduzidas em várias partes da Europa foram queimadas pelo frio ou falharam em produzir uma colheita satisfatória. Era considerado que um trabalhador que sustentasse uma família de outras três pessoas precisava de duas baguetes por dia para sobreviver, mesmo que isso implicasse em déficit de proteína na dieta e outros problemas. O preço do pão no começo da década era de 3 livres (moeda da época), e o trabalhador médio ganhava entre 15 e 30 livres, dependendo da profissão. Em 1788, o pão já custava 9 livres, e em 1789, 15. Isso causou uma enorme onda de fome pela França, e várias revoltas contra a nobreza, que vivia em luxo independente da situação dos mais pobres. Quando informada da fome, a rainha Maria Antonienta disse a famosa frase "Se não tem pão, que comam brioches!".
Os Estados Gerais e a Assembléia Nacional
Nessa conjuntura foram convocados os Estados Gerais em 1789, a primeira reunião desse tipo desde 1614. Os Estados eram um corpo político-deliberativo dividido em três: o Primeiro Estado, representando a Igreja, o Segundo Estado, que representava a nobreza, e o Terceiro Estado, que representava o resto da população. Como medida inicial para aplacar a população, o rei concedeu ao Terceiro Estado número dobrado de deputados, já que ele representava uma parcela muito maior da população, mas declarou que o voto nas questões principais se daria "por estado" e não "por cabeça", ou seja, o Terceiro Estado teria o mesmo número de votos que os outros dois. Essa medida causou grandes discussões, durante as quais nenhum dos problemas financeiros foi resolvido, e o rei resolveu decretar a dissolução dos Estados Gerais.
O Terceiro Estado, no entando, que agora se auto-denominava "Os Comuns", começou a se reunir e deliberar separadamente, e quando à eles se juntaram boa parte do clero e de outras categorias, como os pequenos agricultores, começaram a se chamar de "Assembléia Nacional". Essa Assembléia, sobre influência dos credores da dívida pública, declarou que o governo deveria pagar o débito nacional, que todos os impostos seriam revogados e suas reintroduções seriam votadas, uma a uma, e estabeleceram um comitê para lidar com o fornecimento emergencial de comida ao povo.
O rei, indignado, envia tropas e fecha a Assembléia Nacional, proibindo-a de se re
a revoluçao francesa foi uma forma de protesto contra o absolutismo que se aproveitava da sociedade para sastifazer seus caprichos