Respostas
O ceticismo é a perspetiva que nega a possibilidade do conhecimento, total ou parcialmente. De acordo com os céticos não podemos ter a certeza de nada porque nenhuma das nossas crenças está devidamente justificada.
Ceticismo
Como justificar as crenças?
- os racionalistas consideram que a razão tem um papel determinante na justificação das crenças
- os empristas pensam que é a experiência que tem um papel fundamental na justificação das crenças
Três argumentos:
Argumento das divergências de opinião
Se alguma crença estivesse devidamente justificada não haveria razão para algumas pessoas não as aceitarem. Até os especialistas discordam entre si.
Argumento da ilusão
Os sentidos iludem com frequência.
Argumento da regressão infinita da justificação
Justificamos uma crença com base noutra que, por sua vez, se justifica com base noutra crença, numa regressão infinita. Assim, não é possível justificar uma crenças. Com o decorrer dos séculos, o dogmatismo começou a ser percebido como assim posição filosófica defendendo que as verdades absolutas existem. Os filósofos que insistiam demasiado nos princípios metafísicos acabavam por não prestar atenção aos fatos ou argumentos que pudessem pôr em dúvida esses princípios. Esses filósofos não consagravam o principal da sua actividade à observação ou ao exame, mas sim à afirmação. Foram por isso chamados filósofos dogmáticos, ao contrário dos filósofos examinadores ou cépticos.
Com tudo isto, o dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:
1) Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingénua que admite não só a possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro mas também a efetividade deste conhecimento no uso diário e direto com as coisas.
2) Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento, principalmente a razão.
3) Como a completa submissão, a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou revela. Em geral, é uma atitude assumida no problema da possibilidade do conhecimento e portanto compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico revela-se também em certas formas de cepticismo e por isso diz-se que certos cépticos são, a seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingénuo não existe propriamente na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do século XVIII, que desemboca numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas críticas.