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Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravidão e proclamar a República, Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. É nesse diário que Helena debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias. Adolescente de ascendência inglesa, Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era da mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade. Procurando com sofreguidão não perder uma infantil alegria de viver e reinventando o mundo à sua maneira.
Bom dia!
O livro relata o cotidiano da pré-adolescente Helena Morley. A jovem ama o dia a dia entre sua família e à vasta extensão de parentes. Mais inclinada para o mundo rural, torna-se natural que se sinta muito bem na chácara de sua avó, Dona Teodora. Além disso conta com a superproteção da avó, o que provoca ciúmes e intrigas de tias e primas.
A menina vai levando sua vida, adora vestidos e festas religiosas, encaradas como eventos sociais. Outras das preocupações de seu cotidiano são comidas e o aproveitamento da infância. Em meio a tanta brincadeira, a escola acaba sendo deixada de lado. Para piorar, Helena enturma-se com alunas consideradas vadias, mas ela não desanda para a perdição.
Era considerada a mais inteligente da família, e foi influenciada pelo pai para escrever seus diários. Apesar de ser rebelde, Helena sempre foi uma menina muito diferente de sua irmã, Luisinha, que quase não saia de casa. Helena, ao contrário, vivia andando pelas ruas, indo na lagoa com as amigas e brincando na casa dos primos.
O cotidiano vai se desenrolando e a menina vai tornando-se moça. Ela percebe que não corre mais o risco de se tornar “facão” (solteirona), porque começa a atrair olhares masculinos. Outra personagem de extrema importância é Tia Madge, super protetora, o que muitas vezes incomoda, apesar de Helena saber das boas intenções da tia.
Toda essa história agradável acaba com a morte de D. Teodora. Nesse momento o diário ganha outro tom, tornando-se mais sombrio. Não só pela morte da avó, como também pela disputa em que a família entra por conta da partilha dos bens da falecida.
O diário termina abruptamente, com a menção ao fato que a parte da herança que chegou às mãos dos Morley serviu para sanar as dívidas.
Bons estudos!