• Matéria: Biologia
  • Autor: RenatoPedreira
  • Perguntado 7 anos atrás

alem do controle químico, onde os agrotóxicos são mais representativos, existem outras formas de controle de pragas e ervas daninhas, consideradas menos lesivas ao meio ambiente. Dentre estas formas de controle podemos citar​

Respostas

respondido por: messi44893
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Hoje, da forma como é feita a produção agrícola no Brasil, existe uma dependência do uso de agrotóxico para produção em larga escala. A lógica de mercado do agronegócio praticamente não permite aos produtores outra forma de cultivo. E este é um problema a ser tratado não só pela Anvisa, mas também pelo Ministério do Meio Ambiente, bem como pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, e igualmente importante pelas entidades representativas dos consumidores. Talvez esta última seja o melhor trunfo para alcançarmos uma mudança do modelo de produção agrícola. No entanto, apesar de toda essa hegemonia do atual modelo agrícola, existem iniciativas tanto de redução (Manejo Integrado de Pragas) quanto de eliminação (agroecologia e cultivos orgânicos) do uso de agrotóxicos no cultivo de alimentos.

A orientação mais saudável é consumir alimentos produzidos por sistemas agrícolas de redução ou ausência do uso dessas substâncias, tais como as técnicas de Produção Integrada de Frutas e/ou de produção orgânica de alimentos. Outra dica para a obtenção de frutas, legumes e hortaliças com menor probabilidade de presença de resíduos de agrotóxicos é procurar dar preferência aos que estejam no período da safra, que em geral recebem menos carga de agrotóxicos. Não sendo isto possível, ainda assim a Organização Mundial de Saúde recomenda consumir frutas, verduras e hortaliças, mesmo que contenham possíveis resíduos de agrotóxicos (se dentro dos limites autorizados), do que não consumi-las. Esses gêneros alimentícios são essenciais para a manutenção da saúde.

Cabe salientar que a Anvisa estabelece a Ingestão Diária Aceitável (IDA) para todos os ingredientes ativos de agrotóxicos autorizados no Brasil, ou seja, a quantidade máxima que podemos ingerir diariamente, durante toda a vida, sem que soframos danos à saúde decorrentes desta ingestão. A Agência estabelece também, a partir dos resultados de estudos de campo, o Limite Máximo de Resíduos (LMR), ou seja, a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico que pode estar presente em cada cultura após aplicação do mesmo em uma fase específica, segundo as Boas Práticas Agrícolas, desde sua produção até o consumo. Sempre que houver novas evidências a partir de estudos toxicológicos, poderá haver alteração na IDA e/ou no LMR. Considerando os valores máximos de resíduos de um determinado ingrediente ativo em todas as culturas para as quais ele está autorizado e o volume máximo desses alimentos consumido pelo brasileiro (dados do IBGE) podemos prever a quantidade máxima consumida do agrotóxico através da ingestão de alimentos e confrontar esses valores com a IDA anteriormente calculada. Resumidamente, esta é a avaliação de risco dietético realizada pela Anvisa.

Em suma, tais parâmetros (LMR e IDA) estão entrelaçados e são determinados de maneira que não afetem a saúde dos consumidores. Assim, se a aplicação de um agrotóxico em determinada cultura alimentar for feita da maneira correta, conforme determinado na bula do produto aprovada pela Anvisa, a quantidade máxima de resíduo encontrada no alimento no momento do consumo estará dentro do limite legal estabelecido, o que significa que não terá impacto na IDA e consequentemente não deverá causar danos à saúde, à luz dos conhecimentos científicos atuais.

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respondido por: wilmmeralecssandervi
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Controle biológico e cultural

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