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Após a descoberta da América por Colombo, em 1492, muitos navegantes e aventureiros contratados e auxiliados pela coroa espanhola interessaram-se e lançaram-se às águas do Atlântico com o objetivo de melhor explorar as terras do novo mundo. Um desses navegadores foi Hernan Cortez, responsável pela conquista do Império Asteca e a consequente derrota asteca.
Cortez aportou nos domínios dos astecas, então governados por Montezuma, em 1519, com 508 soldados, alguns cavalos, canhões e armas. O processo de conquista do império asteca durou até 1521. Entretanto, antes que houvesse o conflito direto entre europeus e nativos, Cortez traçou estratégia ardilosa para conseguir o domínio. Um dos presentes que os espanhóis receberam dos astecas logo quando chegaram foi uma jovem chamada Malinche, que possuía um pleno domínio dos idiomas locais. Essa moça foi de fundamental importância para os espanhóis conhecerem melhor as riquezas descobertas pelos astecas, sobretudo os metais preciosos.
Além disso, coincidia com isso o fato de os astecas pensaram que os espanhóis eram enviados dos deuses, representantes de Quetzalcoatl. O calendário asteca, inclusive, apontava para ciclos temporais que anunciavam o fim do mundo e o início de outro. O ano de 1519 coincidia com o ano do calendário que fechava esse ciclo. Talvez essa crença asteca no envio dos herdeiros de Quetzalcoatl tenha feito com que seu líder, Montezuma, recusasse resistir à ofensiva espanhola, como aponta um dos cronistas da época:
“Montezuma deve ter sido um homem fraco e de pouca coragem, para ter-se deixado prender assim e, mais tarde, por nunca ter tentado fugir, mesmo quando Cortez lhe oferecia a liberdade e seus próprios homens suplicavam que aceitasse.” (López de Gómora. [cronista da época da conquista] Citado em: TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1982.)
A capital dos astecas, Tenochtitlan, foi sitiada em 1521, encerrando assim o poder dos astecas sobre a região.