Nem sempre palavras “estranhas”, ou seja, inventadas pelo autor do texto, comprometem o sentido. É o que ocorre em muitos poemas, que constroem o contexto adequado para empregá-las, explorando-as como recursos expressivos. Por exemplo:
Criança na janela
As moléculas da água, quando congelam,
ficam duréculas,
Disse a criança à janela,
vigiando o pôr do sol
contando as pessoas e os cães na rua.
"O sol, quando é dia, é claro.
À noite, o sol fica escuro."
a) Explique o sentido do termo “duréculas”, considerando o contexto do poema.
b) Cite outro exemplo em que o poeta explora recurso semelhante, ao criar versos de sentido inusitado.
Respostas
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31
a) duréculas quis fazer uma junção entre as palavras 'duro' e 'moléculas'
b) "O sol, quando é dia, é claro, à noite, o sol fica escuro." a criança quis dizer que o sol fica escuro por conta da lua
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21
Resposta:
a) O poeta brincou com a palavra molécula, ao contrapor a condição das moléculas da água em estado líquido (em que seriam “moles”) e em estado sólido (em que estariam “duras”, donde “duréculas”).
b) Sobretudo nos dois últimos versos, ao opor a situação do sol de dia e à noite, o poeta cria enunciados bastante poéticos, relacionados à ingenuidade da criança, personagem da cena: assim, de dia o sol é claro; à noite, escuro.
Explicação:
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