Respostas
De acordo com o gramático Domingos Paschoal Cegalla, os verbos regulares são os que seguem um paradigma ou modelo comum de conjugação, mantendo o radical invariável. Exemplos: cantar, bater, partir, etc.
Ainda segundo Cegalla, os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações no radical e/ou nas terminações, afastando-se do paradigma. Exemplos: trazer, dizer, ir, ouvir, etc.
formas específicas em função do modelo ou paradigma a que pertencem. No que diz respeito aos verbos regulares, estes mantêm inalterado o seu radical e flexionam-se de acordo com um mesmo modelo de conjugação. Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 2000, p. 384) assinalam, por exemplo, cantar, vender e partir como paradigmas da 1.ª, 2.ª e 3.ª conjugações. Sabemos, então, que todos os verbos regulares da 1.ª conjugação formam os seus tempos como cantar (canto, cantei, cantava: lavo, lavei, lavava, lave; moro, morei, morava, more); os da 2.ª, como vender (vendo, vendi, vendia: como, comi, comia, coma; escondo, escondi, escondia, esconda); os da 3.ª, como partir (parto, parti, partia, parta: aplaudo, aplaudi, aplaudia, aplauda; decido, decidi, decidia, decida).
Quanto aos verbos irregulares, devemos considerar todos os que se afastam do paradigma das referidas conjugações, entre os quais se destacam: dar, estar, fazer, ser, trazer, pedir, ir, entre outros.
De acordo ainda com Cunha e Cintra, a irregularidade de um verbo pode estar na flexão ou no radical.1
Por exemplo, se examinarmos a 1.ª pessoa do presente do indicativo dos verbos estar e pedir, constatamos que:
a) a forma estou não recebe a desinência normal -o da referida pessoa;
b) a forma peço apresenta o radical peç-, distinto do radical ped-, que aparece no infinitivo e em outras formas do verbo: ped-ir, pedes, pedi, etc.