Respostas
Fluminense, em 1923.
A primeira equipe profissional.
Bom dia, champs.
Quanto à preferência, o voleibol é atualmente o segundo esporte mais popular do Brasil.[1] A principal competição do esporte no país é a Superliga, sendo que existem as variantes feminina e masculina da Superliga. No retrospecto, o esporte é um dos mais vitoriosos do Brasil, especialmente com o bom desempenho que as seleções nacionais vêm tendo nos últimos anos. O Brasil já ocupou o primeiro lugar no ranking da FIVB nas duas modalidades.[2][3]
A seleção feminina é detentora de 4 medalhas olímpicas, dois ouros (2008 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2000), tornando-se a primeira equipe de esporte coletivo a conquistar o bicampeonato olímpico de forma consecutiva no Brasil. É a atual terceira colocada no mundial, tendo conquistado a prata em três oportunidades (1994, 2006 e 2010) e é a maior vencedora do Grand Prix, com doze títulos.[4][5][6] A seleção masculina é tricampeã mundial, e conquistou 6 medalhas olímpicas, 3 ouros (1992, 2004 e 2016[7][8]) e 3 pratas (1984, 2008 e 2012). Conquistou 2 Copas do Mundo e é a maior vencedora da história da Liga Mundial, com nove títulos.[4]
Amistoso da seleção brasileira masculina contra os Estados Unidos, no dia 25 de setembro de 2009, em Uberlândia.
História
Primórdios
Registros dão conta que a primeira vez que o vôlei foi praticado no Brasil foi em 1915, no Colégio Marista de Recife[9], mas que começou a tornar-se um pouco mais notório entre 1916 e 1917, por iniciativa da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo[9].
Em 1923, o Fluminense torna-se o primeiro clube brasileiro profissional da modalidade[9]. No mesmo ano, ele organizou um torneio aberto para os membros da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres na sua sede das laranjeiras[9]. Foi lá também que, em 1951, ocorreu a 1ª edição do Campeonato Sul-Americano de Voleibol Masculino, e também a 1ª edição do Campeonato Sul-Americano de Voleibol Feminino, com ambas vitórias do Brasil[9].
Nos anos 40 e 50, o voleibol era praticado no país pela elite social, o Brasil tinha pouco intercâmbio com as principais potências do esporte. Para se ter uma ideia do atraso que o volei tinha no país em relação ao resto do mundo, foi somente um dia antes da disputa do Campeonato Mundial de Voleibol Masculino de 1956 que a seleção brasileira conheceu o fundamento da "manchete"[10].
Em 1947, é criada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), órgão máximo do voleibol no mundo, com o Brasil sendo um dos países fundadores[10].
Fundação da CBV
Em 16 de agosto de 1954 é fundada a Confederação Brasileira de Voleibol - até então o voleibol brasileiro era ligado à Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Foi a CBV a responsável por promover cursos para difundir o esporte e também a responsável pelas criações de escolinha de vôlei.
Décadas de 1960 e 1970
Em dezembro de 66 o Botafogo derrotou o Spartak, equipe que era formada pela base da seleção campeã mundial em 56 da Thecoslováquia[10].
Em 1979, aconteceu um marco na literatura da Educação Física brasileira, quando Tubino escreveu o 1º livro de treinamento esportivo do nosso país, obra que foi importante para os treinadores do voleibol da época e de diversos esportes[10].
Década de 1980 - a Geração de Prata e a popularização do esporte no país
Até a década de 1980, porém, o voleibol ainda era um esporte de pouca valorização no Brasil, além de carregar a conotação de que se tratava de um esporte “para meninas”, enquanto o futebol seria a prática “dos meninos”, já que os gestos praticados na modalidade, diziam, eram muito "afeminados". Além disso, o voleibol para o sexo feminino era considerado um esporte ideal, já que é um esporte que não exige contato físico entre os atletas e os seus fundamentos eram elegantes quando as mulheres praticavam. Desta forma, foi comum durante muito tempo que, nas aulas de Educação Física, os professores dessem uma bola de voleibol para as meninas e uma de futebol para os meninos[11].
O cenário começou a mudar a partir de 1975, com a chegada de Carlos Arthur Nuzman à presidência da CBV, trazendo uma grande modernização na gestão da entidade. Isso foi o alicerce para que a década de 1980 marcasse um ponto de inflexão neste esporte no país.
Em 1984, a chamada Geração de Prata deu ao Brasil sua primeira medalha olímpica neste esporte[12]. Os resultados conquistados por esta equipe, aliados a investimentos de marketing e formação de base, melhoraram sensivelmente o nível do voleibol nacional.
Outro marco importante desta geração foi o chamado O Grande Desafio de Vôlei – Brasil X URSS, que é considerado o marco inicial que ajudou na popularização do voleibol no Brasil e transformou a modalidade no segundo esporte mais popular no país.[13]