• Matéria: Geografia
  • Autor: Arturlbghenrique1
  • Perguntado 7 anos atrás

Em pronunciamento ao Congresso Americano, em 12 de março de 1947, o Presidente Harry Truman afirmou: “a política deve apoiar povos livres que estão resistindo à tentativa de submissão a minorias armadas ou a pressões externas (...) devemos ajudar os povos livres a buscar eles mesmos seus próprios destinos”. Esse discurso é considerado o fundador da chamada Doutrina Truman.
Em 5 de junho do mesmo ano, o Secretário de Estado americano, George Marshall, em discurso na Universidade de Harvard, apresentando o Plano Marshall disse: "É lógico que os Estados Unidos façam o possível para ajudar a recuperação da saúde econômica do mundo, sem a qual não pode haver estabilidade política nem paz assegurada. Nossa política não se dirige contra nenhum país, mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos. Qualquer governo que esteja desejando se recuperar encontrará total cooperação por parte dos Estados Unidos da América”.

Essas citações são indicadores das preocupações da política externa dos EUA após a Segunda Grande Guerra. A partir dessas informações:

a) Explique a relação ente a Doutrina Truman e o Plano Marshall com relação à política externa norte-americana no pós-guerra.

b) Cite uma ação do Plano Marshall para o processo de reconstrução da Europa após a Segunda Grande Guerra.

Respostas

respondido por: Vanessamessner
61

"A política deve apoiar povos livres que estão resistindo à tentativa de submissão a minorias armadas ou a pressões externas (...) devemos ajudar os povos livres a buscar eles mesmos seus próprios destinos”. Esse discurso é considerado o fundador da chamada Doutrina Truman.

Resposta a

O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de US$ 13 bilhões (13 mil milhões de dólares) de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 143 bilhões (143 mil milhões de dólares) em 2017, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.Resposta b

respondido por: marcusviniciusl46
2

Resposta:

a) Após o término da Segunda Guerra Mundial, a expectativa de manutenção da grande aliança que derrotou o nazifascismo foi aos poucos perdendo força. Nesse sentido, o candidato pode apresentar como argumento que a Doutrina Truman e o Plano Marshall estão inseridos na crescente oposição ideológica e militar entre os governos norte-americano e soviético do pós-guerra. Ainda seguindo essa linha, o candidato pode argumentar que a Doutrina Truman foi uma diretriz do governo norte-americano para a “contenção ao comunismo”. Como parte desse projeto de “contenção”, o candidato deve relacionar o esforço econômico realizado pelo governo norte- -americano para garantir sua influência sobre a Europa e a sua reconstrução. O Plano Marshall foi um dos principais desdobramentos da Doutrina Truman. Através dele, os Estados Unidos abriram uma enorme linha de crédito para que os países europeus pudessem recuperar seus países, mantendo-se alinhados aos americanos. O pronunciamento do presidente Truman, citado na questão, tinha como motivação o apoio a forças anticomunistas na Turquia e na Grécia. Com isso, o governo dos Estados Unidos garantia que suas forças militares estariam sempre prontas a intervir em escala mundial desde que fosse preciso defender seus interesses frente à expansão da URSS. Na prática, os Estados Unidos se tornariam, dali em diante, uma potência global com capacidade de realizar intervenções em escala planetária na defesa da sua estratégia de contenção ao comunismo.

b) O candidato poderá citar que o Programa de Recuperação Europeia, conhecido como Plano Marshall, serviu em grande parte para comprar produtos dos Estados Unidos. Os países europeus que aderiram ao Plano Marshall compraram produtos como alimentos e combustível, mas também começaram a importar bens necessários para a reconstrução das cidades e da infraestrutura industrial. Por outro lado, o Plano Marshall também é visto como um dos muitos projetos que levaram à integração europeia, pois criou instituições para coordenar a economia continental da Europa. A contribuição do Programa de Recuperação Europeia também alcançou o plano monetário, ajudando na estabilização das moedas. Além das consequências diretamente relacionadas com a economia, o Plano Marshall acompanhou o marco ideológico da Doutrina Truman e contribuiu para a “contenção” do comunismo no continente.

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