Respostas
A violência contra a mulher está em todos os lugares onde convivem homens e mulheres: na rua, no trabalho, na casa, nas escolas. Chamamos essa violência de sexista, porque é praticada por um homem (marido, namorado, companheiro, padrasto, parentes ou homens desconhecidos), contra uma mulher, por ser mulher.
Nas ruas, sofremos com gracejos e piadas ofensivas, como se estivéssemos disponíveis e sem direito de estar no espaço público. No ônibus ou metrô sofremos com as passadas de mão, apertões e até estupros já tem sido registrado no transporte público em SP.
Lei Maria da Penha
As mulheres e o povo brasileiro reconhecem a lei Maria da penha como uma lei útil para enfrentar a violência, mas a lei depende de investimento de recursos. A CPMI recomendou que o judiciário, o ministério publico e a defensoria publica todos ligados aos governos estaduais façam esforços para implementação da lei. O movimento feminista tem denunciado como estes órgãos, principalmente o judiciário, reproduzem o machismo e banalizam a violência contra a mulher.
Por que a violência acontece?
Nossa sociedade é capitalista, e explora muitos para o lucro de poucos. O sistema se sustenta pelas desigualdades entre homens e mulheres / brancos e negros, além de discriminar lésbicas e gays. Esta desigualdade se expressa na forma como vivemos e somos tratadas. Embora tenhamos avançado no mercado de trabalho ainda ganhamos menos quando trabalhamos fora, mesmo tendo mais estudo, e muitas realizam sozinhas o trabalho doméstico. As que cuidam da casa, dos filhos e dos parentes doentes são vistas como se não trabalhassem. Poucas mulheres ocupam espaços de decisão na sociedade e ser mãe e dona de casa é visto como uma obrigação e o espaço prioritário da mulher.
A violência contra a mulher no Brasil é um problema sério no país. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em conjunto com o Instituto Datafolha, a maioria da população brasileira sente que a violência contra a mulher aumentou entre 2007 a 2017, sendo a maior percepção na Região Nordeste (76%), seguida pela Região Sudeste (73%). Além disso, dois a cada três brasileiros viu alguma mulher sendo agredida em 2016, sendo que a maior percepção dessa violência encontra-se entre negros e pardos, o qual, segundo a pesquisa, pode ser reflexo de uma vivência mais intensa a esta violência.[1]