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Cabanagem (também conhecida como Guerra dos Cabanos) foi uma revolta popular e social ocorrida durante o Império do Brasil, influenciada pela revolução Francesa, na antiga Província do Grão-Pará, que abrangia os atuais estados do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia. A revolta estendeu-se de janeiro de 1835 a 1840, comandada por Félix Clemente Malcher, Antônio Vinagre, Francisco Pedro Vinagre, Eduardo Angelim e Vicente Ferreira de Paula.[1][2][3] Devido à extrema pobreza, fome e doenças, que marcaram o início desse período, além do processo de independência do Brasil (1822) que não ocorreu de imediato no Pará, e à irrelevância política à qual a província foi relegada pelo príncipe regente Pedro I após a Independência, mantendo a forte influência portuguesa,[2][4] os índios e mestiços, na maioria, e integrantes da classe média (cabanos) uniram-se contra o governo regencial nesta revolta. O objetivo era aumentar a importância do seu território no governo central brasileiro e enfrentar a questão da pobreza do povo da região, cuja maior parte morava em cabanas de barro (de onde se originou o nome da revolta).[4]