Respostas
Desde a vigência da Carta Constitucional, concessões de rádio e televisão, conferidas a particulares, se constituíram em uma esdrúxula fórmula de serviço, caracterizadas por serem verdadeiras capitanias hereditárias, e não concessões em sua essência. O interesse público, neste caso, foi completamente esquecido no decorrer dos anos, o que provocou perdas não só relacionadas à Nação, mas principalmente a todos aqueles que usufruem da comunicação como eficaz modo de relacionamento entre os cidadãos.
Em outro território da prestação de serviços públicos, ambientes voltados para decisões institucionais democráticas foram substituídos por agências de caráter essencialmente tecnocrático e dominados pelo capital e seus interesses. Ressalto que não me oponho à desejável participação privada na execução de serviços públicos, contudo, é preciso fazer oposição quando interesses individuais são postos acima dos interesses públicos. Seguindo neste mesmo raciocínio, aponto a urgência de necessários avanços em tópicos como os direitos de minorias, como os relativos ao reconhecimento e à proteção jurídica das relações homoafetivas e à indevida criminalização de condutas como o aborto e o uso de substâncias entorpecentes. Igualmente, percebo a necessidade de avanços civilizatórios em prol das liberdades e do convívio plural de diferentes.