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De acordo com Sethi, os rios de lava seriam um grande perigo para aqueles que vivem próximo aos vulcões. No entanto, os principais problemas resultantes de um cataclismo vulcânico seriam as cinzas e os gases que liberados na atmosfera. Conforme explicou, as erupções mais explosivas poderiam lançar partículas e gases até a estratosfera, e esse material todo envolveria o planeta em uma espessa camada que bloquearia a passagem dos raios solares.
Com isso, a Terra ficaria na escuridão e o processo de fotossíntese seria interrompido, resultando na perda de cultivos inteiros e na dramática queda da temperatura global. O pior é que, segundo as estimativas de Sethi, as cinzas poderiam levar até 10 anos para se dissipar da atmosfera!
Terráqueos, RIP
Conforme disse Sethi, uma porção de gases perigosos, entre eles o cloreto de hidrogênio (que é a forma gasosa do ácido clorídrico), o fluoreto de hidrogênio, o sulfeto de hidrogênio e o dióxido de enxofre seriam liberados na atmosfera, resultando em chuvas ácidas que matariam as plantas que tenham sobrevivido sob as camadas de cinzas. Sem falar que essas precipitações ainda contaminariam os aquíferos e os oceanos, provocando a sua acidificação.
O maior problema seria o acúmulo de material na atmosfera
No caso dos oceanos, esse processo levaria à morte massiva de corais e criaturas marinhas dotadas de conchas, e as extinções afetariam toda a cadeia alimentar oceânica, destruindo, eventualmente, peixes e outras formas de vida marinha. Na verdade, existem registros de que a acidificação das águas poderia estar relacionada com as extinções que ocorreram no Permiano-Triássico, no Triássico-Jurássico e no Cretáceo.
Curiosamente, como as erupções vulcânicas também liberam dióxido de carbono — um dos famosos gases de efeito estufa —, se 1,5 mil delas começassem a cuspir esse composto na atmosfera, os ecossistemas seriam drasticamente afetados e os terráqueos cozinhariam na superfície. Ainda existira a possibilidade de a composição atmosférica ser permanentemente alterada. E aí, caro leitor, seria a vez dos organismos extremófilos dominarem a Terra.
Segundo Sethi, essas criaturas já estão acostumadas a sobreviver em ambientes extremos — em com níveis de acidez prá lá de altos —, como é o caso dos organismos que vivem nas fontes termais que existem em Yellowstone ou, ainda, das que habitam as saídas hidrotérmicas no fundo do mar.
Uma das muitas fontes termais que existem no Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA
A saída para os seres humanos, de acordo com Sethi, seria viver em órbita ao redor da Terra em colônias espaciais ou, quem sabe, em abrigos submarinos — mas, para sobreviver, seria necessário permanecer bem longe da superfície até a poeira baixar. Entretanto, como essas opções apresentam uma série de limitações, o geólogo aposta que os sortudos seriam aqueles que morreram durante as erupções. E você, caro leitor, concorda?
FONTESUS Geological Survey Live Science/Becky Oskin
IMAGENSLive Science7 Continents and 5 Oceans of the World Laboratory Equipment Digg
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