• Matéria: História
  • Autor: Lunavill
  • Perguntado 7 anos atrás

Atualmente, Ainda existem alguns povos que não conhece as escrita (eles são ágrafos). Esses povos que vivem no século XXI seriam pré-históricos? Eles não teria, historia? Explique

Respostas

respondido por: welf3620
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Na segunda metade do século XIX, a História buscava se afirmar como ciência especializada no conhecimento do passado, com base em documentos escritos. O termo Pré-história, denominação do período anterior ao surgimento da escrita, que ocorreu por volta de 4000 a.C., foi adotado para se contrapor ao termo História, que designava o período posterior à escrita.

    De acordo com essa divisão de tempo, se o planeta Terra surgiu há 5 bilhões de anos e o primeiro hominídeo descoberto e datado pela pesquisa arqueológica teria vivido há cerca de 4 milhões de anos, é possível deduzir que a maior parte da trajetória da humanidade não teria ocorrido no período histórico. Será que isto é correto?

    A resposta é não. Podemos afirmar que a história da humanidade começou com os mais antigos antepassados, embora os vestígios desse tempo sejam muito raros. Assim, o termo Pré-história não é o mais adequado para definir os acontecimentos que marcaram a humanidade antes da escrita. Em vez do termo Pré-história, os historiadores têm utilizado história dos povos sem escrita, cujo estudo depende das escavações arqueológicas e da paleontologia, ciência dedicada à investigação dos fósseis.

    Afinal, até hoje há povos que vivem sem o uso da escrita. Nem por isso deixam de viver em sociedade, de produzir cultura, de fazer História.

Arte rupestre

    A arte rupestre se encontra presente em grande parte dos sítios arqueológicos na forma de estatuetas, gravuras e pinturas em cavernas e paredões rochosos. Para pintar, os homens pré-históricos usavam pigmentos que extraíam da natureza, misturando cera de abelhas, sangue, barro, gordura, resinas vegetais, minerais moídos, carvão, água e até excrementos.

    Acredita-se que a arte rupestre representava a primeira forma de expressão e comunicação dos homens pré-históricos, por meio da qual exibiam sua percepção e compreensão do mundo e de si mesmos. Em geral retratavam cenas de caça, mas havia as que representavam figuras humanas.

As origens

O criacionismo

    As civilizações mais antigas já elaboravam explicações sobre a aparição do homem, seu lugar no mundo e suas relações com outras espécies.

    Muitos povos inventaram histórias sobre a criação, ligadas a mitos ou a crenças religiosas. Para os antigos egípcios, por exemplo, os homens teriam se originado das lágrimas do deus Sol Rá. Já os maias acreditavam que os homens foram feitos a partir de uma massa de milho.

    Os mitos e as lendas sobre a origem do homem, que têm como ponto comum a crença de que a humanidade foi criada por um ser superior, fazem parte de uma corrente de pensamento chamada

criacionismo.

    O criacionismo no mundo ocidental é baseado na tradição judaico-cristã. Nesse caso, defende-se a ideia de que Deus é o criador de tudo aquilo que existe e que, depois de ter criado a Terra e todos os seres vivos, teria criado Adão e Eva, dos quais toda a humanidade, até os nossos dias, descenderia.

Os fundamentos dessa interpretação criacionista são encontrados no Livro do Gênesis, no Antigo Testamento da Bíblia:

“Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança, e que ele submeta os peixes do mar, os pássaros do céu, os animais grandes, toda a terra e todos os animais pequenos que rastejam sobre a terra!’

Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; criou-os macho e fêmea.

Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sede fecundos e prolíficos, enchei a terra e dominai-a. Submetei os peixes do mar, os pássaros do céu e todo animal que rasteja sobre a terra!’ [...]

Deus viu tudo o que havia feito. Eis que era muito bom. Houve uma tarde, houve uma manhã: sexto dia.

O céu, a terra e todos os seus elementos foram terminados.

Deus terminou no sétimo dia a obra que havia feito.

Ele cessou no sétimo dia toda a obra que fazia.

Deus abençoou o sétimo dia e o consagrou, pois tinha cessado, neste dia, toda a obra que ele, Deus, havia criado pela sua ação.

Este é o nascimento do céu e da terra quando da sua criação.”

(Gênesis 1,26 – 2,4. Bíblia: tradução ecumênica. São Paulo: Loyola, 1994. P. 25-26.)

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