Respostas
A chamada Corrida do Ouro no Brasil teve início com a chegada dos portugueses e atingiu seu auge entre fins do século XVII e a primeira metade do século XVIII. Conforme Pinto (2000), a exploração aurífera deve ser considerada juntamente com a extração do diamante. Para Boris Fausto (1994), esse processo concorreu para uma mudança abrupta na sociedade colonial e resultou no crescimento da intervenção metropolitana. Portugal desenvolveu várias estratégias para regular e fiscalizar a arrecadação de tributos, adotando várias medidas que impactaram no cotidiano não somente na região das minas, como também em outras partes da Colônia e Metrópole.
Pode-se dizer que este período foi marcado por um processo de mineração em larga escala, caracterizando-se como a principal atividade econômica colonial. O contexto no qual se desenvolve está relacionado a crise da economia açucareira que desgastou profundamente o poderio econômico português na Europa. Em fins do século XVII, a exportação do açúcar brasileiro começou a diminuir consideravelmente. Por conta de sua maior qualidade e preços reduzidos, o açúcar holandês, produzido nas Antilhas, se tornou um potencial concorrente do açúcar produzido no nordeste brasileiro.
Pela condição campesina de grande parte de seu território, Portugal se viu obrigada a estabelecer novos acordos com a Inglaterra. O Tratado de Methuen (1703) ou “Tratado de Panos e Vinhos”, assinado entre Grã-Bretanha e Portugal (que envolvia a troca de produtos têxteis ingleses com vinhos portugueses) reflete a condição manufatureira na qual os lusitanos se encontravam frente a emergente potência industrial. Impulsionado pela crise econômica, os portugueses iniciaram uma busca por novas fontes de renda.