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Em meio ao chamado "ciclo do ouro" no Brasil, era criada a capitania de Minas Gerais, em um dia como este, no ano de 1720. Sua origem partiu de uma cisão da capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Sua capital era Vila Rica (atual Ouro Preto). Praticamente 100 anos depois, em 28 de fevereiro de 1821, a capitania de Minas foi transformada em província, que seria o atual estado de Minas Gerais com a Proclamação da República.
Por conta do ouro encontrado em seu território, na primeira metade do século XVIII, Minas Gerais era o centro econômico da colônia, com rápido crescimento populacional. Este fluxo migratório começou no final do século anterior, quando foi encontrado ouro na Serra do Sabarabuçu e nos ribeirões do Carmo e do Tripuí. Em 1696, foi fundado o arraial de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, que, em 1711, se tornou a primeira vila de Minas Gerais (atual município de Mariana). A descoberta do ouro também trouxe conflitos, como Guerra dos Emboabas (1707-1710) e a Revolta de Felipe dos Santos (1720).
No auge da exploração do ouro em Minas, 500 mil negros escravos foram inseridos na capitania para fazer o trabalho de extração e lavoura. Mais de 30% da população era formada pelos escravos.
Os negros chamados "Minas", de Gana, eram os mais requisitados para os garimpos, pois já faziam este trabalho na África. Já os de Angola e Moçambique eram usados na lavoura.
O declínio da produção aurífera começou a partir de 1750. Portugal precisou aumentar a arrecadação e elevou os impostos, o que causou a revolta popular que resultou na Inconfidência Mineira, em 1789.