"Os capitais especulativos prejudicam as economias a medida que, quando algum mercado se torna instável ou menos atraente, os investidores transferem seus recursos rapidamente, e os países onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira ou são atingidos pelo aprofundamento dela".
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Respostas
O capital especulativo é aquele que é investido visando apenas a obtenção rápida de lucros. Ele não oferece ganhos para a economia, pois seus lucros não são gerados por meio do trabalho ou da produção.
A atividade especulativa, em geral, gera lucro em operações de compra e venda. O alvo dessas operações podem ser moedas, commodities ou ativos financeiros, como ações ou outros títulos.
O capital especulativo não passa, portanto, pelo processo produtivo. Isso significa que seus investimentos não geram empregos, não são destinados à compra de matérias-primas e equipamentos e não aumentam a oferta de produtos no mercado. Em suma, o capital especulativo não movimenta a economia como um todo.
Como o capital financeiro é mais volátil do que a economia real, é possível que esse ciclo de alta das ações ocorra sem que corresponda a um crescimento da produção, ou seja, sem uma base sólida na economia que justifique tal aquecimento.
Esse movimento pode ser desencadeado de forma intencional por alguns setores do mercado ou não. Quando chega a um ponto extremo, pode levar a um crash, ou seja, ao estouro da bolha especulativa, com uma desvalorização repentina nos valores dos ativos, que pode ter consequências para a economia como um todo.
A especulação financeira na década de 1920, que foi marcada por uma grande euforia nos Estados Unidos, é um dos fatores usados para explicar a Quebra da Bolsa de Nova York em 1929, que deu origem à Grande Depressão, considerada a mais grave crise no século XX.