Respostas
A China, visando um maior controle sobre as suas operações de ouro e por ser atualmente o maior produtor e consumidor do metal, somado ao fato dos seus vizinhos serem consumidores chaves de Au, elaborou um plano, anunciado desde 2013, que consistiria na formação de um fundo lastreado em ouro, inicialmente do porte de US$ 16 bilhões. O objetivo do plano pode ser influenciar o preço do metal no mercado mundial. Apesar do volume enorme de $, ainda não é capaz de suas movimentações manipular as cotações internacionais, mas alguma oscilação ocorrerá e na média os ganhos aparecem. Existe o fato desse fundo poder ser operado, além das instituições privadas, por bancos centrais dos países que compõem o “cinturão da seda” e ser aumentado em dezenas de vezes. Sabendo disso, além da importância do ouro em fazer política cambial, segue pertinente a preocupação de outros países com essa manobra chinesa.
Outro fato importante é que nos últimos anos, a China vem investindo pesado na região (US$46 bilhões prometidos pelo presidente chinês Xi Jinping somente ao Paquistão). Exemplos: o “Gasoduto da Paz” que levará do Irã ao Paquistão gás natural para suprir o volume de seu déficit energético de 4.500 megawatts e será administrado pela subsidiária da China National Petroleum Corporation, além de outros investimentos (fibra ótica e energia), um em infraestrutura (estradas e ferrovias) ligará a China ao Oceano Índico cruzando todo o Paquistão. Além dos benefícios comerciais a China amplia com isso sua influência na região.