Respostas
Podemos dizer que as mulheres sempre tiveram sua participação limitada. Mas em alguns momentos e em algumas sociedades, já tiveram direitos mais parecidos aos dos homens. Isso aconteceu na idade média, por exemplo. O valor da mulher e a ideia de que ela não merecia os mesmos direitos veio, principalmente, com a evolução do capitalismo.
Mas foi somente a partir do século 18 que começaram realmente a existir os movimentos feministas. A palavra feminismo, surgiu somente no final do século 19, junto com o iluminismo e os ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” da revolução industrial. E o primeiro livro caracterizado como feminista foi publicado em 1792, da escritora inglesa Mary Wollstonecraft, chamado “Em defesa dos direitos das mulheres”. O livro fala sobre a educação feminina.
E foi durante a revolução industrial que o movimento tomou força, se unindo às causas trabalhistas. As mulheres passavam horas dentro das fábricas, trabalhando em condições precárias. O grande marco histórico do movimento feminista aconteceu durante as grandes greves de 1857 e 1911 em Nova York. As operárias de uma fábrica têxtil paralisaram suas atividades para conquistar melhores condições de trabalho, e foram reprimidas pela polícia. Até que em 25 de março de 1911, um incêndio em uma das fábricas acabou com a morte de mais de 100 mulheres, evento que acabou por dar origem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
Outro momento crucial foi a luta pelo direto ao voto, que aconteceu pelas sufragistas, em 1897. O movimento nasceu junto com a revolução industrial. A Nova Zelândia foi o primeiro país a reconhecer o direito de voto das mulheres, em 1893. No Reino Unido, o voto feminino foi aprovado em 1918. E entre os anos de 1914 e 1939, 28 países também aprovaram o voto das mulheres. No Brasil, o as mulheres ganharam direito de comparecer às urnas no ano de 1932 e concretizado somente no ano 1933, na eleição para a Assembleia Constituinte. Porém, devido a ditadura de Getúlio Vargas, as mulheres só puderam votar em eleições no ano de 1946.
A luta continua
Neste resumo do movimento feminista, você viu que há muito tempo as mulheres vem lutando para conquistar direitos que os homens conseguiram com muito mais facilidade. Mas o movimento feminista tem aumentado no mundo todo, e as mulheres continuam brigando para conquistar o simples direito de igualdade entre os sexos.
Ainda há países onde as mulheres não tem direito à educação, ao voto, ao trabalho. No mundo todo as mulheres ainda recebem menores salários, e algumas vezes cargas de trabalho maiores. São vítimas de violência doméstica, física e psicológica. Muitas vezes não tem direito de escolha sobre sua vida ou nem sobre seu próprio corpo.
No Afeganistão, quase 80% das mulheres são obrigadas a se casarem contra sua vontade, e no Paquistão elas chegam a ganhar salários até 82% mais baixos do que os homens, mesmo realizando a mesma função. Na índia, por exemplo, o alto número de estupros tem chamado atenção do mundo todo, dando ênfase à impunidade para quem comete o crime. Muitas vezes, os culpados são inocentados, e as mulheres são consideradas culpadas.
No mundo todo, ainda há mulheres que são proibidas de estudar. Cerca de 64% dos analfabetos do mundo todo, são do sexo feminino.
È importante salientar que o movimento feminista, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não luta pela supremacia da mulher na sociedade. Mas somente busca por algo extremamente justo: direitos iguais aos concedidos para os homens.
Resposta:
Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como objetivo comum: direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres, além de promover os direitos das mulheres e seus interesses.[1][2][3][4][5] De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas".[4][6] A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira na década de 1990 até a atualidade.[7] A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos[8][9] e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro,[1][10][11] pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.[12][13][14]
Durante grande parte de sua história, a maioria dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte.[15][16][17] No entanto, desde pelo menos o discurso de Sojourner Truth, feito em 1851, às feministas dos Estados Unidos, mulheres de outras etnias e origens sociais propuseram formas alternativas de feminismo.[16] Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos e o colapso do colonialismo europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e nos países em desenvolvimento propuseram feminismos "pós-coloniais"[17] — nas quais algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico.[18] Feministas negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.[15]
Desde a década de 1980, as feministas argumentaram que o movimento deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização.[16][19] No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papéis sociais dos gêneros seriam construídos socialmente,[20][21][22] e que seria impossível generalizar as experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias