Respostas
A preocupação com o meio ambiente não é um assunto novo. No Brasil, a Constituição de 1988 já enfatizava a necessidade da preservação. Em 1989, o Ibama foi criado para consolidar esse processo. Entretanto, em todo o mundo, desastres acontecem em decorrência do mau uso da natureza por parte do homem. Sanções ambientais, conferências e documentários sobre mudanças climáticas são algumas respostas à esses acontecimentos. Ainda assim, poucos parecem entender que o crescimento das nações não deve esgotar os recursos para o futuro, e que há maneiras para que isso seja possível.
Em primeiro lugar, é preciso analisar a realidade capitalista em que vivemos. Nela, a maximização dos lucros é o principal objetivo, ainda que isso ocorra às custas da destruição do meio ambiente. Visando o enriquecimento das maiores potências mundiais, Governos fecham os olhos para o problema, culminando em situações como a recusa do então presidente americano George W Bush em assinar o Protocolo de Kyoto, que visava a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. Somente o desenvolvimento inteligente e sustentável pode assegurar que o crescimento econômico das nações se dê sem que seja preciso destruir o espaço em que vivemos.
Além disso, cabe discutir a miopia da sociedade contemporânea. Presa em um senso de individualismo crônico, ela é incapaz de enxergar o que parece distante. Assim, poucos consideram a situação das gerações futuras, repousando na mentalidade imediatista e superficial. Entretanto, desastres naturais já ocorrem em todos os cantos do globo, decorrentes de fracas políticas de preservação, o que mostra que o problema não está tão longe assim. Cabe à mídia e aos meios de comunicação em massa conscientizarem a população sobre a urgência que o assunto requer, assim como divulgarem formas de cuidado ambiental que cada indivíduo pode ter, como separar lixo e não desperdiçar água.
Por fim, é possível avaliar a total alienação política e social da juventude contemporânea como uma das causas do problema. Totalmente inertes e desinteressados por assuntos que não sejam divulgados pela mídia de massa como possíveis objetos de consumo, os jovens não percebem a importância que têm nessa problemática. Ao invés de darem o exemplo no âmbito pessoal, e exigirem mudanças no trato governamental, eles simplesmente preferem afirmar que o problema é tão grande, que nada adiantariam ações isoladas. As escolas devem, então, transmitir valores de estima ao meio ambiente, mostrando que ações individuais são, também, vitais para a resolução da questão.
Dessa maneira, é possível perceber que se faz necessária uma conscientização geral, forte e urgente da sociedade. É necessário entendermos que os recursos naturais são finitos, e que o crescimento econômico deve considerar a preservação do meio em que vivemos, para que as conseqüências em um futuro próximo não sejam ainda mais desastrosas. Precisamos aplicar no campo pessoal o conceito da Terceira Lei de Newton, vinda da Física: toda ação provoca uma reação de igual intensidade e sentido contrário. Precisamos agir na direção da sustentabilidade, do uso das energias renováveis e da redução das mudanças climáticas, para que a reação da natureza seja a perpetuação de um ambiente seguro e ideal para vida de todas as espécies.
Resposta:
Surge, em 1972, a ideia de desenvolvimento sustentável a partir do conceito de ecodesenvolvimento, proposto durante Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente. A partir de então, são criadas agendas com metas que objetivam alcançar tal desenvolvimento. Entretanto, hodiernamente, os cenários industrial e administrativo brasileiros deixam a desejar no que tange à ausência de um horizonte estratégico voltado ao desenvolvimento sustentável.
Em primeiro plano, convém ressaltar que são minorias as empresas que aderem a sustentabilidade à sua cultura organizacional. Visto que o desenvolvimento sustentável é, muitas vezes, interpretado como "desenvolvimento zero". E visando os interesses capitalistas predominantes, desrespeitam as leis vigentes. Dessa forma, biomas como Amazônia e Cerrado são encarados como fronteiras agrícolas prontas para serem desmatadas, ao invés de portadores das maiores biodiversidades. Prova disso são os dados divulgados pelo INPE, os quais apontam que o desmatamento na Amazônia aumentou em 29% no ano de 2016.
Ademais, no contexto do Brasil como país subdesenvolvido e emergente, há também a problemática referente à educação e ao desenvolvimento tecnológico. Visto que há ainda grave persistência da desigualdade no acesso à educação, bem como no que diz respeito à educação ambiental, por falta do devido investimento no âmbito educacional por parte da administração brasileira. Em consequência disso, o Brasil se encontra entre os países que mais desperdiçam alimentos no mundo, em razão da leiguice de grande parte dos brasileiros no que tange à educação ambiental. Outrossim, vale salientar o fato de que o Brasil não se aproxima da marca dominante da inovação tecnológica contemporânea, com a ciência cada vez mais voltada a serviços de sistemas produtivos altamente poupadores de materiais, de energia, e capazes de contribuírem para a regeneração da biodiversidade.
Portanto, algumas das formas de intervir na problemática em pauta, seria através de iniciativas por parte do MEC que, por meio de programas escolares, adicione palestras voltadas à educação ambiental, objetivando incitar o pensamento crítico dos jovens quanto à atual situação ambiental. Juntamente à criação de projetos, por parte do mesmo, voltados a visitas de alunos de escolas públicas às empresas privadas, a fim de conscientizar as mesmas quando à importância de "ser sustentável". Além disso, ações por parte de canais de TV aberta que, por meio de peças publicitárias, divulguem a atual situação dos biomas e meio ambiente, visando despertar a consciência da sociedade quanto aos desperdícios, e assim, alcançarmos tais objetivos propostos pela ONU.