a violência é inerente ao ser humano ou ela é o resultado do meio?
eu tenho que fazer um redação sobre isso, alguém pode me ajudar?
Respostas
Hellen Reis – A violência é um aspecto inerente à natureza humana. Podemos associar a violência com algumas imagens arquetípicas presentes na Mitologia e nos contos de fadas. O Deus grego Ares, representa a violência, os impulsos agressivos irrefreados e a sede de sangue. Nos contos de fadas temos a violência presente como temática nas bruxas que tentam assassinar as princesas, ou devorar os heróis. Todos representam a agressividade e violência presentes em cada ser humano.
(En)Cena – Em sua opinião, este tema – violência -, apesar de ser algo recorrente no Brasil – um dos países mais violentos do mundo -, recebe o tratamento devido dentro da Psicologia?
Hellen Reis – A sociedade como um todo precisa olhar e dar um tratamento melhor para esse tema, pois a violência é um aspecto sombrio da sociedade, que foi reprimido. Todo aspecto sombrio que não tem o seu lugar na consciência age de forma descontrolada e primitiva.A Psicologia precisa começar a olhar para essa sombra coletiva, ou seja, os aspectos coletivos que foram suprimidos da consciência coletiva e que necessitam ser reintegrados.
(En)Cena – Quais as formas mais comuns de violência enfrentadas por seus clientes/pacientes, no setting terapêutico?
Hellen Reis: O bullying, a violência sexual contra a mulher e a violência contra o homossexual.
(En)Cena – Qual será a tônica de sua palestra?
Hellen Reis – A tônica será o olhar sobre a sombra coletiva do homem ocidental!
(En)Cena – O que a Psicologia tem que avançar, para que a temática ganhe destaque nas rodadas de produção de conhecimento?
Hellen Reis – Avançar no olhar do homem moderno que se afastou de seus instintos. Olhamos para o instinto sexual e agora precisamos olha para o impulso agressivo sem sermos dominados por ele e nem reprimi-lo. A violência é um dos aspectos da psique humana e está presente na vida desde épocas remotas. Perdemos os ritos de iniciação e rituais sagrados onde se encarava a violência de frente, com isso vamos precisar de novas formas de contatarmos nosso instinto agressivo e assim ? Canaliza-lo.
Por que Caos?
A subversão de conceitos aparentemente fechados é uma das marcas das mentes mais invejáveis de todos os tempos. E pensar de forma subversiva é também quebrar com a linearidade das considerações pré-concebidas. Assim, resignificar e despir as “verdades” são a tônica de toda a produção científica, de toda a produção de saberes. Caso contrário, não se estaria produzindo ciência, mas, antes, dogmas.
A palavra CAOS, neste contexto, ganha especial sentido, já que remete à possibilidade do princípio da impermanência e da criatividade. A Física diz que é do princípio do CAOS que surge parte dos fenômenos imprevisíveis, cuja beleza se materializa na vida que se desnuda a todo instante.
É neste sentido que, também, para a Psicologia, o CAOS possibilita pensar sobre uma maneira de enxergar o Ser para além de rótulos ou de concepções a priori. Este microcosmo humano que é objeto de escrutínio do profissional de Psicologia guarda uma gama de imprevisibilidade e de originalidade que representam a própria riqueza da existência. Afinal, pelo CAOS pode-se iniciar intensos processos de mudanças, autossuperações e singularidades. É pelo princípio do imprevisível e do radicalmente distinto que se vislumbra a beleza da diferença. Estas são, em súmula, as bandeiras da Psicologia, área da ciência calcada essencialmente no Humanismo, que busca elevar a condição humana em toda a sua excentricidade, sem amarras, sem julgamentos. Esse é o princípio do CAOS, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia do Ceulp/Ulbra.
Mais informações:
Coordenação de Psicologia: Irenides Teixeira (63) 99994.3446
Assessoria do Ceulp/Ulbra: 3219 8029/ 3219 8100
Inscrições: http://ulbra-to.br/caos/
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