Respostas
Por volta do ano 300, apesar das perseguições esporádicas, mas sangrentas, os cristãos tinham virado uma minoria relativamente rica e influente no Império Romano. Entre 5 e 10% dos cidadãos da área era adeptos do cristianismo, e a religião tinha se infiltrado na nobreza, no funcionalismo público e no Exército. Há indícios de que membros da família de Constantino eram cristãos. Ao mesmo tempo, cultos monoteístas (ou seja, a um só deus) estavam cativando outras pessoas. Entre os mais populares estavam a veneração ao deus persa Mitra ou à sua versão ocidentalizada, o Sol Invicto. Veio então a morte do imperador Constâncio Cloro, pai de Constantino, e a guerra civil de sucessão. Constantino foi vencendo todos os rivais, um após outro, até assumir o controle absoluto dos territórios romanos no ano 324.
O novo governante naturalmente atribuiu o triunfo ao favorecimento divino, e é possível que, por seu ambiente familiar e cultural, tivesse identificado essa divindade com o Deus do cristianismo. Isso porque a liberdade religiosa proclamada por ele foi imediatamente seguida por doações generosas às igrejas cristãs e intervenções pessoais do imperador para resolver debates teológicos entre elas. Constantino queria a unidade do império e a unidade da fé – é impossível determinar onde, para ele, começava uma coisa e acabava outra.