Respostas
Hobbes entende como liberdade a ausência de impedimentos externos. O direito ilimitado dado pela natureza é a liberdade.
O homem tem a liberdade para exercer o desejo para alcançar tudo aquilo necessário à sua sobrevivência, e quando há o confronto com outros homens vale o direito do mais forte. O estado de natureza é um estado de guerra. A condição é sórdida, embrutecida e a vida é curta.
Para Hobbes o estado de natureza é um estado de guerra natural. O princípio é o da conservação. A liberdade no estado natural é ilimitada. A lei de conservação implica, quando dois reivindicam a mesma coisa, em estado de guerra, desconfiança. Como todos desconfiam de todos existem portas e cadeados. Não há tempo para as artes.
Não é que o homem seja mau por natureza, mas é obrigado a agir de maneira determinada pelo instinto de conservação. Em casos extremos ou mata ou morre. Sendo cada um governado pela própria razão, para a preservação de sua vida, todo homem tem o direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros, assim, não pode haver para nenhum homem a segurança. Consequentemente todo homem deve esforçar-se pela paz e caso não consiga, usar as vantagens da guerra.
O homem prefere a paz à guerra. Para obter a paz o homem deve abrir mão de sua liberdade em troca da segurança. Cria-se o preceito natural. Natural, pois é produzido pela lei da razão, da reta razão. Reta razão é um princípio normativo deduzido, como se faz na geometria e daí o seu nome, para uma convivência em paz. Em nome da reta razão os homens precisam abrir mão de sua liberdade (para Rousseau isso é impraticável). Essa troca é em nome da segurança e da conservação.
Originam-se outras duas leis naturais: a busca da paz e a renúncia ao direito e a todas as coisas. Essa renúncia é a transferência desse direito para um terceiro, renunciando a liberdade, e deve ser feita por todos. Somente pode-se renunciar ao direito quando todos o fizerem, para não ser atropelado pelos outros.