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Liberalismo é uma filosofia política ou ideologia fundada sobre ideais que pretendem ser da liberdade individual e do igualitarismo.[1] Os liberais defendem uma ampla gama de pontos de vista, dependendo de sua compreensão desses princípios, mas em geral, apoiam ideias como eleições democráticas, liberdade de expressão, direitos civis, liberdade de imprensa, liberdade religiosa,[2] livre-comércio,[3] igualdade de gênero, estado laico, liberdade econômica e propriedade privada.[4][5][6]
O liberalismo transformou-se primeiramente em um movimento político durante o iluminismo, quando se tornou popular entre filósofos e economistas no mundo ocidental. O liberalismo rejeitou as normas sociais e políticas prevalecentes de privilégio hereditário, religião estatal, monarquia absoluta e direito divino dos reis. O filósofo John Locke, do século XVII, é muitas vezes creditado como fundador do liberalismo como uma tradição filosófica distinta. Locke argumentou que cada homem tem um direito natural à vida, liberdade e propriedade,[7]acrescentando que os governos não devem violar esses direitos com base no contrato social. Os liberais opuseram-se ao conservadorismo tradicional e procuraram substituir o absolutismo no governo pela democracia representativa e pelo Estado de direito.
Proeminentes revolucionários na Revolução Gloriosa, Revolução Americana e na Revolução Francesa, usaram a filosofia liberal para justificar a derrubada armada do que eles viam como tirania. O liberalismo começou a se espalhar rapidamente, especialmente depois da Revolução Francesa. No século XIX, foram estabelecidos governos liberais em nações da Europa, América do Sul e América do Norte.[8] Nesse período, o opositor ideológico dominante do liberalismo clássico foi o conservadorismo, mas o liberalismo sobreviveu aos grandes desafios ideológicos de novos adversários, como o fascismo e o comunismo. Durante o século XX, as ideias liberais se espalharam ainda mais à medida que as democracias liberais estiveram no lado vencedor em ambas as guerras mundiais. Na Europa e na América do Norte, o estabelecimento do liberalismo social tornou-se um componente chave na expansão do Estado de bem-estar social, os conhecidos 30 Anos Gloriosos.[9]No entanto, a crise do petróleo no meio dos anos 70 acabou com a estabilidade dos anos gloriosos; e a partir da década de 80 desenvolveu-se o neoliberalismo como resposta ao liberalismo social; implementado por Augusto Pinochet, no Chile, Margaret Thatcher, no Reino Unido, e Ronald Reagan, nos Estados Unidos, o neoliberalismo é radicalmente favorável ao capitalismo laissez-faire, privatizações, estado mínimo e austeridade fiscal.[10][11][12] O impacto da crise de 2008 na economia global tem suscitado novas críticas ao modelo neoliberal,[13]incluindo o FMI, seu principal defensor, embora outros[quem?] considerem que a crise de 2008 tenha sido iniciada por incompetência estatal.