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A crise do século XIV designa uma série de eventos ocorridos ao longo dos séculos XIV e XV que deterioraram o crescimento e prosperidade que a Europa havia desenvolvido desde o começo da Baixa Idade Média.[1] O colapso demográfico, a instabilidade política e as revoltas religiosas estão na origem das crises que provocaram alterações profundas em todas as áreas da sociedade.
Com essa crise iniciou-se também a decadência das universidades e escolas medievais e, por conseguinte, o progresso científico que estava florescendo. A medicina desviou-se da prática metodológica para ceder às superstições e medos que se deram com a Peste e a Grande Fome. A cultura de higiene que havia se disseminado através dos monges herbalistas se extingue e a medicina atribui a causa da peste à água que se tornou cada vez mais escassa em seu estado potável devido às fortes chuvas. Logo, há redução no número de banhos e o início de uma era de ensebamento no século XV.
Causada por diversos motivos, a crise teve origem na época em que não havia novas terras a serem ocupadas, fazendo com que a produção não crescesse, uma vez que no sistema feudal uma maior produção significava anexar novas terras. Com a produção estagnada e uma população maior, a fome se espalhou pela Europa. Além disso, a destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas chuvas. A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a doenças como a Peste negra. Para agravar a situação existiam constantes guerras, a mais conhecida foi a Guerra dos Cem Anos. Tudo isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a Jacquerie e a Revolta camponesa de 1381.
O termo “crise da meia idade” foi criado pelo médico canadense Elliott Jaques, em 1965, para descrever indivíduos que, durante esta fase da vida, passam por grande insegurança, no qual percebem que a fase da juventude está acabando e a idade avançada se aproximando. Essa crise pode ser desencadeada por vários fatores: morte de parentes, casos extraconjugais, alterações hormonais, sensação de envelhecimento, insatisfação com a carreira profissional, saída dos filhos de casa etc. Vivemos em uma sociedade onde se cultua a juventude em detrimento da idade mais avançada. O que não podemos esquecer é que todos vão envelhecer e estamos nos tornando um país de pessoas mais idosas, com clara inversão da pirâmide etária.
Como saber se estou passando por essa crise? Veja bem! Existem sinais claros que podem apontar para o problema e, portanto, evitar decisões precipitadas, que muitas das vezes, podem não ter volta, causando enorme arrependimento posterior. Sinais de tédio com o trabalho e amigos próximos, bem como uma nostalgia dos “velhos tempos”, estão presentes. De igual forma, uma culpa por fracassos do passado, com um desejo de se isolar e de restringir o número de pessoas ao redor de si podem surgir. É muito comum à pessoa tentar parecer mais jovem com uma obsessão pela aparência, inclusive passando a gastar mais. É também frequente um desejo de ter um caso amoroso (especialmente com pessoas mais jovens). Uma sensação de não amar mais o cônjuge e um ressentimento com o casamento também são comuns. Para piorar as coisas, há uma incerteza sobre o rumo que tomar na vida e o que realmente deseja.