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Brasília - Quem olha para os edifícios e monumentos de Brasília lembra-se logo de Oscar Niemeyer, arquiteto que criou os desenhos que deram origem a um dos urbanismos mais arrojados do mundo. Muitos admiradores não pensam, no entanto, que alguns dos prédios mais impressionantes da capital não existiriam sem a dedicação dos engenheiros que compraram os desafios propostos pelo arquiteto.
Um dos mais importantes foi o pernambucano Joaquim Cardozo, morto em 1978, que, além de engenheiro, foi poeta. Seus cálculos ajudaram a erguer nada menos que a Catedral Metropolitana, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Para especialistas, a parceria de Cardozo com Niemeyer foi um encontro que não poderia ter dado mais certo.
“Essa colaboração foi uma das convergências mais mágicas entre arquiteto e engenheiro de que se tem notícia”, afirma o arquiteto e urbanista Frederico Flósculo, professor da Universidade de Brasília (UnB). Segundo Flósculo, Niemeyer tinha um domínio “intuitivo” do uso do concreto.
“Ele tinha o conhecimento intuitivo e seus engenheiros traziam aquilo à compreensão científica. Niemeyer jamais fez um desenho tolo. Ele estimulou os engenheiros a bolar cálculos inovadores. Foi uma escola de engenharia que se formou em torno de Oscar Niemeyer”, diz, ressaltando que o arquiteto encontrou em Cardozo e em outros profissionais a ajuda para erguer estruturas complexas.
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