Respostas
Outras tinturas naturais e coloridas também foram desenvolvidas a partir de frutas, plantas, minerais e até de animais cefalópodes como polvo e lula (tinta sépia).
Em 1984 foi inventada no Japão a tinta gelatinosa ou tinta gel, base das novas canetas gel.
RESUMÃO
Durante anos o homem esculpiu em argila, pedra ou madeira para gravar um registo da sua vida e experiências. Mas quando apareceram o papel e a tinta, eles revolucionaram a escrita para sempre. Assim, pela sua importância nessa revolução, é interessante saber quem inventou a tinta.
Os egípcios são frequentemente considerados os primeiros criadores da tinta. Também se diz que o papel foi inventado por um egípcio, porque “papel” vem da palavra “papiro” que crescia abundantemente na região do Nilo e que foi largamente utilizado no Antigo Egipto para escrever.
Papiro Egípcio (Museu do Louvre)
Mas a história mostra que ambos — papel e tinta — foram inventados por chineses. O inventor do papel foi T’sai-Lun e o inventor de tinta foi Tien-Lcheu.
Em 2607 a.C., Tien-Lcheu, um grande pensador e filósofo chinês, simplificou a escrita. Ele criou um líquido escuro para marcação em pedras e papéis. Na sua criação usou fuligem de madeira de pinho misturada com óleo e gelatina feita da pele de um animal.
Em 1200 a.C. este líquido preto para escrita tornou-se popular e outras pessoas desenvolveram-no mais, através da mistura de corantes naturais de minerais e plantas. Mais tarde, a goma, sumo de noz e sais de ferro foram adicionados à fórmula. Isto tornou-se na receita-padrão para as gerações vindouras pois resultava num tipo de tinta mais estável.
No século II foi inventado o papel de fibra de madeira, que se veio a demonstrar como o parceiro ideal para a escrita de tinta. Este duo tornou-se cada vez mais popular e gradualmente alcançou as costas da Europa e as outras partes do mundo.
Tien-Lcheu, o inventor da tinta, provavelmente não sabia ao que a sua mistura de fuligem, óleo, e gelatina daria origem. Ele tinha aberto uma nova porta para a alfabetização de inúmeras gerações, que continua mesmo na nossa era do computador moderno