• Matéria: ENEM
  • Autor: grasafreitasmgfs
  • Perguntado 7 anos atrás

o que e avanço do estado penal e a criminalização da pobreza no brasil?

Respostas

respondido por: gibsonbruno7p7b4wx
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O Estado penal se vale de instrumentos para sua efetivação. O poder militar – polícia  e exercito este último por vezes é utilizado quando a polícia é incapaz de conter ou  combater o crime nas favelas do Rio de Janeiro e mais recentemente usada na copa do  mundo para conter as manifestações. Outro instrumento que efetiva a ação do Estado penal

é o ordenamento jurídico. Para refletir sobre o aparato jurídico, de qual o Estado brasileiro  se vale para repressão da pobreza, fizemos uma busca de quantas leis existem para  regulação social e o resultado foi surpreendente pois se contar leis federais, estaduais e  municipais são milhares e várias delas são inconstitucionais e a grande maioria é  desconhecida por parte de quem interessa.

É um oceano de leis, códigos, decretos, resoluções, portarias, etc. Para refinar a  compreensão acerca de lei e penalização fizemos, por meio de ferramenta eletrônica, uma  busca em algumas leis mais conhecidas do radical “pena” que pode ser usado para: pena,  penal, penalidade. O resultado foi o seguinte: na Constituição Federal 46 vezes; no Código

Penal 1061 vezes; no Código de Transito 288 vezes; no Código Eleitoral 156 vezes; no  Código Civil 103 vezes; no Estatuto da Criança e adolescente 107 vezes; no Estatuto do  Idoso 37 vezes; na Lei Maria da Penha 16 vezes. É claro que esses números por si só não  dizem muita coisa, mas se pensar no aparato que o poder do Estado penal tem é um  arsenal de leis para responsabilizar o indivíduo pelas mazelas sociais.

Compreender o Estado penal, é entender que se caminha num ciclo vicioso que se  retroalimenta, pois este Estado penal é decorrente do Estado capitalista que por sua vez é o  originador da questão social e suas múltiplas refrações. E quem padece os efeitos desse  ciclo é a massa de pobres e despossuídos, também oriundos da questão social.

Portanto, a luta pela superação da ordem comandada pelo capital não para na  garantia dos direitos, pois estes são mais amplos do que as leis, e compreender esta  amplitude, trazendo a dimensão ontológica do ser social para as analises das refrações da  questão social, consiste em um dos desafios a serem vencidos pelos profissionais de  Serviço Social que trabalham em instituições sociojurídicas impregnadas pela racionalidade

abstrata e fragmentária neoliberal.

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