Respostas
Quem nunca teve uma grande amizade na infância, daquelas especial?
Como esquecer daqueles amigos de escola tidos como "estraaanhos". Aqueles tipos simpáticos de vista, mas que devido a problemas de comportamento, físicos ou de nascença, passam, por preconceito dos outros, a ser considerados como pessoas diferentes, quando na verdade são tão humanamente normais como nós?
Tão legais são, que ao travarmos contato mais próximo com eles, descobrimos a grande beleza interior que possuem, tornando-os nossos melhores amigos?
E é assim, caro leitor, que Eva Furnari, em seu maravilhoso "Felpo Filva", mostra a relação entre um coelho escritor, muito, muito estranho, e uma de suas assíduas leitoras, que devoradora contumaz da literatura felpofilviaa, passa a analisar certos aspectos psicológicos comumente impressos nas obras do intelectual orelhudo. Então, começa a se corresponder com ele através de instigantes missivas. A coisa toda gira em torno de uma tendencia misantrópica( insociavel) de Felpo, para com a maioria das pessoas, dada a vida reclusa que leva, em sua casa, bem como da crítica construtiva que sua amiga tenta fazer chegar à compreensão do coelho, acerca do elevado grau de pessimismo que ele prega em suas páginas, às quais, a fã busca transformar com sugestões, incabíveis na opinião de Felpo. Por isso, do ponto de vista da percepção infantil, o livro é fantástico por libertar o raciocínio das crianças, à visão da realidade dos comportamentos, dos costumes e das idéias que cada pessoa pode produzir, contribuindo para uma melhor compreensão do mundo, que elas(as crianças) devem cultivar.
Entretanto, Furnari vai além. A mensagem que trabalha, tem em si um viés metalinguístico interessante, na medida em que vai mostrando que o tipo literário expresso no livro, pode ser recontado de outras formas. Ou seja, quando a sua literatura passa a falar da própria arte literária.
Vale a pena conferir.
Olá! Vamos à resenha do livro "Felpo Filva"!
No livro em questão, o qual é atribuído o nome de “Felpo Filva” e que apresenta autoria da ilustradora e escritora Eva Furnari, é plausível perceber que a trama se transcorre através de um coelho poeta, que apresenta particularidades distintas - estas, relacionadas à compulsividade, sensatez e seriedade -, retratando de forma lúdica o ideal da diversidade e da individualidade de cada sujeito agir em, por exemplo, determinada sociedade. Nesta obra, percebe-se que o então Felpo persiste em relembrar os acontecimentos vivenciados durante a sua infância, tal como o “bullying”, por exemplo, o qual era direcionado à sua formação física e estética. O corpo do protagonista apresenta, de acordo com o texto, uma condição chamada de “desvio de simetria auricular” - isso, no que diz respeito em ter uma orelha maior que a outra - e, quando está nervoso, a sua orelha direita tende a tremer, em decorrência da “orelite tremulosa”. Com base nestas argumentações citadas, Felpo decide recorrer a um aparelho terapêutico inusual para que tais incidentes se desvaneçam, chamado de “Sticorelia Rabite Perfection”, mas tal dispositivo não conseguiu realizar tais fins.
Tendo em vista que Felpo era um escritor, até o momento com distintivos atributos, e que recusava a si próprio no que se refere em ler cartas de fãs, em certo momento de sua vivência, deparou-se com uma correspondência incomum e eminente. A partir de tal situação, o mesmo decide ler tal carta, marcando, a contar de tal decisão, o envolvimento com Charlô - esta, que é sua fã. Com base na leitura de tal mensagem, os dois coelhos mantiveram contato, de maneira que Charlô, com seu caráter crítico, opta por trazer novas histórias, sobrepondo as tramas literárias do coelho através de sugestões, as quais Felpo dissertava de forma cética e dinâmica. A escritora Eva Furnari desenrola, criativamente, o enredo através da comunicação entre Felpo e Charlô, de maneira que tal diálogo ocorra, até certo ponto, através da troca de cartas entre ambas as personagens. Inicialmente, o escritor ficava nervoso e irritado, tendo em vista que tal fã era decidida a alterar histórias de autoria do mesmo. Sabendo disso, pode-se supor que o objetivo de Charlô era baseado em mudar a convicção de seu poeta predileto, com relação a suas obras - estas, que tinham um caráter, principalmente, de finalização melancólica - e, através das mais variadas críticas, que são consideradas construtivas, Felpo e Charlô são apoderados de sentimentos de estima e simpatia.
Na minha opinião, esta obra tende a entreter o leitor de uma forma agradável e emotiva ao considerar, por exemplo, as obsessões de Felpo que, em grande parte do livro, foram tidas em destaque. Logo, é plausível compreender, através de uma exemplificação, que cada sujeito, em uma coletividade, é capaz de modificar suas atitudes as quais atribui a si mesmo, adaptando-as para que se tenha um melhor convívio na mesma, a qual certo indivíduo está inserido. Este é um caso que faz analogia à situação de Felpo que, com o auxílio de Charlô, pôde tornar-se mais sociável e, paralelamente, um coelho que aceita, cordialmente e através de uma história de superação, as futuras críticas de seus fãs. A interação com Charlô fez-se essencial para a construção da narrativa, trazendo um aspecto, inclusive, romântico para a mesma, e o fato de estarem presentes variadas tipologias textuais, bem como: receita culinária, cartão postal, fábula, poema, autobiografia, manual, conto de fadas, carta, telegrama, lista, bula, canção, provérbios e ditados, entre outros, trouxe à narrativa traços característicos, demarcando a pluralidade de fantasias e a criatividade da então autora da obra, em meio à sua elaboração destinada a todos os públicos.
Espero ter ajudado!
(Publicado em 03/09/2022 - Sábado)
- By Doge
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