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As commodities – ou commodity, no singular – é uma expressão do inglês que se difundiu no linguajar econômico para fazer referência a um determinado bem ou produto de origem primária comercializado nas bolsas de mercadorias e valores de todo o mundo e que possui um grande valor comercial e estratégico. Geralmente, trata-se de recursos minerais, vegetais ou agrícolas, tais como o petróleo, o carvão mineral, a soja, a cana-de-açúcar e outros.
Esses produtos, em grande parte, influenciam o comportamento de determinados setores econômicos ou até da economia como um todo. Isso significa que as oscilações em seus preços influenciam outras atividades, como a industrial e também o comércio, que contarão com matérias-primas mais caras ou mais baratas para a produção e comercialização de suas mercadorias. Um exemplo disso foram as altas sucessivas do petróleo nos anos 1970 motivadas por razões políticas e que geraram uma profunda crise estrutural no cerne do sistema capitalista.
Quando uma determinada matéria-prima ou mercadoria é considerada como uma commodity, ela passa a ter o seu preço gerido não pelo valor estipulado na produção, mas sim pela sua cotação no mercado, geralmente nas grandes bolsas de valores.
Assim, se o preço do algodão elevar-se no mercado externo por escassez na produção mundial, o Brasil, por exemplo, mesmo que o produza muito, verá os seus preços elevados, principalmente para a exportação. Consequentemente, o mercado interno, nesse caso, também será afetado, pois a maioria dos produtores preferirá exportar, provocando uma alta nos preços internos conforme a menor oferta do produto. Com isso, os produtos derivados sofrerão um rápido aumento que, muitas vezes, não é compreendido pelo consumidor, haja vista que foi motivado pela dinâmica econômica internacional, de cunho globalizado.