Respostas
Resposta:
Amaro, um escravo fugido, alista-se na Marinha, tornando-se um marinheiro exemplar. Negro, forte e gentil com todos, acaba se tornando o destaque de sua embarcação, por isso recebe o apelido de Bom-Crioulo. Muitos anos se passam dentro da Marinha e o único problema que Bom-Crioulo tem é a bebedeira, principalmente por o deixar extremamente violento.
O livro relata que Amaro tentou experiências sexuais com duas mulheres, porém não teve êxito e decidiu deixar de lado essas coisas sexuais, até que Aleixo surge em sua vida e seus desejos sexuais são despertados por ele. Aleixo era um grumete, um efebo branco, loiro dos olhos azuis, meigo e inexperiente.
Amaro se apaixona por Aleixo e faz de tudo por ele, chega até a brigar com outro marinheiro e com isso recebe seu primeiro castigo. Aleixo fica extremamente grato e passa a admirá-lo. Os dois consumam sua relação ali mesmo, em um cantinho escuro do navio.
A corveta tem de parar no Rio de Janeiro e os marinheiros recebem permissão para descer e ir a terra. Amaro e Aleixo se instalam em um quarto no sótão em uma pensão na Rua da Misericórdia, cuja proprietária, D. Carolina, era uma ex-prostituta que sabia da indisposição de Amaro para mulheres e era amiga dele a tempos. Ali naquele quartinho, Aleixo cedia aos desejos de Amaro, como o de observá-lo nu.
Cerca de um ano se passa, durante este período os dois marinheiros levam uma vida matrimonial secreta e feliz, mas por uma inconveniência do destino Amaro é transferido para outro navio, e a separação que ele tanto temia ocorre. Amaro e Aleixo já não se viam mais, pois Amaro não tinha tanta liberdade para ir a terra, na ausência de Amaro, D. Carolina aproveita para seduzir Aleixo.
Amaro, doido para rever o amante, desobedece as ordens de seus oficiais e conduz um bote de mantimentos, atraca no porto do Rio e se dirige a pensão. Aleixo não aparece durante toda a noite, o que faz com que Amaro fique com ciúmes e desconfiado, então ele sai em direção a um bar e se embriaga, tomado pela bebida acaba arrumando briga e sendo levado a prisão do navio. O castigo que recebe é tão duro que acaba sendo levado ao hospital, onde sofre tanto pelas dores físicas quanto pelo fato de seu amado não o visitar. Com imensa saudade envia uma carta a Aleixo, mas D. Carolina a intercepta, temendo perder o afeto do novo amante.
No hospital, Amaro recebe a visita de Herculano, antigo companheiro de embarcação, que revela o envolvimento de Aleixo com uma mulher e diz como o grumete esta mudado. Amaro elabora uma plano de fuga e espera a madrugada para executá-lo. Seu plano da certo e na manhã seguinte ele se encontra em frente a pensão de D. Carolina, com tudo trancado acaba indo primeiro a uma padaria próxima dali que estava aberta e fica ali conversando com um funcionário, que confirma o romance de Aleixo e D. Carolina.
Logo em seguida Aleixo sai da pensão e Amaro se dirige a ele, cego de ódio, iniciando uma pequena discussão. As pessoas vão se aproximando dos dois, D. Carolina olha seu amante estirado no chão, com o pescoço cortado, pasma e clamando a Deus. Enquanto Amaro cabisbaixo, é levado por dois policiais.