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Para o cristianismo, a data é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo e representa a “passagem da morte para a vida, lembrando a libertação do povo do Egito rumo à terra prometida”, a Páscoa é uma tradição tipicamente cristã-judaica e passa uma mensagem onde a paz e renovação são pontos principais. “A comemoração é a mais importante dos cristãos e representa a vitória sobre a morte”, disse. Entre os símbolos litúrgicos adotados pelos católicos estão o coelho, que representa a fertilidade e esperança de uma nova vida, o círio pascal, uma vela que representa a luz de Cristo usada durante o tempo pascal, e a água, que é abençoada. “Além disso, o cristianismo associa a imagem dos ovos de chocolate ou ovos de Páscoa, que são uma tradição milenar, porque costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois o ovo é um símbolo de nascimento”, explicou Padro.
Durante o período pascal, os padres também usam cores de vestes específicas nas celebrações. No início da Quaresma, ou seja, na Quarta-Feira de Cinzas, que vai até o sábado que antecede ao Domingo de Ramos, eles utilizam a cor roxa, que significa penitência. No Domingo de Ramos são usadas vestes vermelhas, simbolizando o martírio. “Somente no domingo de Páscoa, os párocos utilizam vestes brancas ou douradas expressando a alegria e vitória: o renascimento”, ressaltou o padre católico.
Nas religiões Umbanda e Candomblé, “a comemoração da Páscoa é igual à da Igreja Católica, pois 99% da crença vem do catolicismo. “Não temos cultos diferentes. Nós temos sincretismo católico”, explicou à ANSA o sacerdote Pai Salun, presidente da Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo (Fucesp). “Na Sexta-Feira Santa, muitos terreiros não abriram. Hoje, na minha federação, fazemos uma caminhada para reverenciar Ogum que na Igreja Católica é o São Jorge. No Domingo, comemoramos a Páscoa e entregamos ovos”, ressaltou. Já a Páscoa judaica celebra a libertação do povo judeu da escravidão do Egito, remetendo a fatos ocorridos há mais de três mil anos. A data também é conhecida como “Festa da Libertação” ou “Pessach”. Na noite de celebração, as casas judaicas devem estar limpas e arrumadas. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. Um dia antes da Páscoa, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das pragas egípcias. Já para as testemunhas de Jeová, a data é importante, mas não há comemorações especiais. O budismo também não comemora a Páscoa.