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Desde cedo, as crianças fazem tentativas de registrar o corpo humano. O chamado "boneco-palito" - que tem tronco, braços e pernas representados por traços e a cabeça por um círculo - é uma dessas manifestações. A figura ganha detalhes à medida que os alunos adquirem repertório por meio da observação de referências. Por isso, é fundamental deixar à disposição da turma o maior número possível de obras de diferentes artistas, épocas e lugares, além dos trabalhos dos próprios colegas.
Os estudantes precisam saber, por exemplo, que os egípcios representavam seus homens com o rosto de perfil, mas com olhos e tórax de frente, que os renascentistas davam muita importância à proporção e à simetria e que, para os barrocos europeus, era normal distorcer, aumentar ou diminuir as figuras humanas. "São milhares as maneiras de representar. Cada época desenha a sua imagem", escreve Edith Derdyk em O Desenho da Figura Humana (176 págs., Ed. Scipione, tel. 4003-3061, edição esgotada). No século 20, os artistas "passaram a brincar com suas próprias imagens com extrema liberdade", analisa Katia Canton em Espelho de Artista (56 págs., Ed. Cosac Naify, tel. 11/3218-1444, 39 reais).
Para escolher as obras a serem mostradas em sala, Moema Rebouças, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), recomenda se pautar pela forma, selecionando registros diversos, como desenho, pintura e escultura. Hoje, é muito comum haver vários suportes numa mesma obra, como um desenho feito sobre uma fotografia.