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Recebia o nome de satrapia a unidade administrativa do Império Aquemênida (primeiro Império Persa, e mais tarde também dos Impérios Selêucida, Parta e Sassânida), ente antecessor do moderno estado iraniano. O termo tem origem na antiga língua persa, e significa "província", e passou para a língua grega e mais tarde para o latim. A autoridade máxima das satrapias era o sátrapa, ou "protetor da província", administradores locais nomeados pelo rei, que deviam arrecadar tributo e realizar o recrutamento em seu nome. Eles também lidavam com crises e revoltas, assim como asseguravam a defesa contra ameaças externas.
O sistema de satrapias tornava viável o controle do extenso território do Império Aquemênida, permitindo a coleta de impostos, recrutamento de contingente militar, além de um controle prático e racional da burocracia local. Entre 550 e 522 a.C. o império se expandiu rapidamente, e para garantir o controle do império, Ciro II, o Grande (r. 559-530 a.C.) e seu filho Cambises (r. 530-522 a.C.) adaptaram para uma maior escala as estruturas existentes dos impérios antecessores. Tais estruturas por sua vez determinaram a consolidação do sistema hierárquico das satrapias que se manteve essencialmente inalterado, provando ser um instrumento eficaz de administração ao longo de todo o período Aquemênida.