• Matéria: Filosofia
  • Autor: marianinha009p5lyhd
  • Perguntado 7 anos atrás

“Se em pleno mar percebo um trovão e os relâmpagos da tempestade, não posso negar que vejo esses estrondos aterrorizantes: é a representação compreensiva e objetiva. Essa sensação é o resultado de todo o encadeamento de causas, portanto, do destino. Se me contento em constatar interiormente que, graças ao destino, sou posto frente a frente com uma tempestade, isto é, se meu discurso interior corresponde exatamente à representação objetiva, estou na verdade. Mas a representação desses estrondos pode, sem dúvida, submergir no terror, o que é uma paixão. Sob o império da emoção, eu poderia dizer interiormente: ‘Eis-me aqui submerso na desgraça, corro o risco de morrer, e a morte é um mal’. Se dou meu assentimento ao discurso interior provocado pelo terror, estarei no erro enquanto um estoico”. Hadot, P. O que é a Filosofia Antiga? 6º Edição; Edições Loyola. São Paulo, 2014., p. 195 A filosofia estoica entende o movimento da causalidade como um movimento sempre necessário. A filosofia estoica tem, conforme expressado no texto, um caminho para a imperturbabilidade do espírito (ataraxía); para tanto, o estoico intenta:

A) buscar no domínio das próprias paixões um modo de aceitar o destino.
B) fugir da adversidade que lhe é imposta refugiando-se em si mesmo.
C) aproximar-se das paixões humanas para dar luz ao seu modo de agir.
D) exercitar-se na busca pelo prazer para ter uma vida feliz.
E) entregar-se apático ao destino, sem poder agir conforme a própria liberdade.

Respostas

respondido por: rodrigo468br
8

Resposta:

Letra A

Explicação:

respondido por: thalioviskyy
3

A resposta correta é a Letra A) buscar no domínio das próprias paixões um modo de aceitar o destino.

A filosofia estoica exige não apenas a aceitação do destino, mas o bom cumprimento daquilo que cabe ao filósofo enquanto seu dever. Marco Aurélio, por exemplo, foi imperador de Roma. Cabia-lhe, enquanto imperador, ser o melhor governante que pudesse ser, de modo que as dificuldades que lhe surgiriam, surgiriam apenas para serem superadas. O estoico não encontra na aceitação do destino uma medida confortável de apatia. Pelo contrário, o estoico é pro-ativo no sentido em que o movimento de sua liberdade está em aceitar o destino, cumprindo bem suas obrigações, ou ser arrastado por ele. O controle das paixões promovido, no estoicismo, pelo exercício constante (áskesis), não é uma fuga da adversidade, mas um meio de confrontá-la.

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