Considere a seguinte mensagem que circula entre várias redes sociais: "Éramos todos humanos, até que a RAÇA nos desligou, a RELIGIÃO nos separou, a POLÍTICA nos dividiu, e o DINHEIRO nos classificou." (Frase atribuída à Deva Nishok)
A mensagem de igualdade entre os seres humanos é comumente transmitida por várias religiões e por grupos ligados a uma visão holística do ser humano. Mas, também a filosofia e o conhecimento científico, em geral, apontam esta condição de dignidade comum a todos nós.
Reflita um pouco sobre a mensagem acima.

Você concorda com o que ela afirma?

Será mesmo que as instâncias sociais criam divisões que desconfiguram a essência de nossa humanidade?

Devemos considerar esta e outras instâncias sociais como responsáveis pelas divisões entre as pessoas?

Se tais estruturas não existissem, a vida humana seria mais equitativa?

Respostas

respondido por: marileiat
13

Resposta:

Cada pessoa é diferente pela interação entre o que é (nível intelectual, motivação, interesse, existência acumulada, conhecimentos etc.), de onde vem e onde está (situação social, fatores atuais, ambiente e meio etc.). Não há dúvida de que as instâncias sociais, tais como a religião, a política e expressões culturais, são elementos que diferenciam os sujeitos. Podemos ser classificados de acordo com nossas ideologias, condição socioeconômica ou visão religiosa do mundo, todavia, tais instâncias não derivam do acaso, mas são construções humanas, baseadas em crenças e valores. Se, por um lado, o homem se organizou em sociedades para sentir-se amparado, por outro lado, as sociedades passaram a funcionar com base em pactos (econômicos, políticos e ideológicos), como forma de garantir o amparo e a proteção de seus indivíduos.

Ao analisarmos as diversas instâncias humanas, devemos considerar o modo como elas significaram para o homem primitivo, uma possibilidade de conquista ao longo da história. Conquista que garantiu a esse sujeito uma proteção a tudo que colocava em xeque a sua liberdade. Contudo, quando os imprevistos desta liberdade em compartilhar símbolos, regras, ritos e valores confrontam-se, ou quando acontece uma oposição de forças, nascem as guerras, a intolerância e os abusos de força e poder. Nestas condições, a conquista da liberdade é desmascarada enquanto princípio, pois o sujeito já não descansa em paz sobre si mesmo.

Diante disso, é preciso ler o aparato social de maneira crítica: cada instância social apresenta oportunidades, mas também perigos, dentre os quais, cabe aqui destacar, a segregação. É preciso resgatar a condição de dignidade originária do ser humano e, para isso, desnudá-lo ainda que apenas hipoteticamente destas referidas instâncias. Este é um exercício eficaz, que nos ajuda a perceber a verdadeira igualdade em todos nós. Na realidade, as diferenças entre as culturas, as religiões ou o estrato social são artificiais. Seria suficiente, porém, esta consciência mais crítica, pois as instâncias sociais, mesmo que reformuladas, parecem ser uma necessidade intrínseca ao ser humano.

Explicação:

respondido por: Priih93
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PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO

Cada pessoa é diferente pela interação entre o que é (nível intelectual, motivação, interesse, existência acumulada, conhecimentos etc.), de onde vem e onde está (situação social, fatores atuais, ambiente e meio etc.). Não há dúvida de que as instâncias sociais, tais como a religião, a política e expressões culturais, são elementos que diferenciam os sujeitos. Podemos ser classificados de acordo com nossas ideologias, condição socioeconômica ou visão religiosa do mundo, todavia, tais instâncias não derivam do acaso, mas são construções humanas, baseadas em crenças e valores. Se, por um lado, o homem se organizou em sociedades para sentir-se amparado, por outro lado, as sociedades passaram a funcionar com base em pactos (econômicos, políticos e ideológicos), como forma de garantir o amparo e a proteção de seus indivíduos.

Ao analisarmos as diversas instâncias humanas, devemos considerar o modo como elas significaram para o homem primitivo, uma possibilidade de conquista ao longo da história. Conquista que garantiu a esse sujeito uma proteção a tudo que colocava em xeque a sua liberdade. Contudo, quando os imprevistos desta liberdade em compartilhar símbolos, regras, ritos e valores confrontam-se, ou quando acontece uma oposição de forças, nascem as guerras, a intolerância e os abusos de força e poder. Nestas condições, a conquista da liberdade é desmascarada enquanto princípio, pois o sujeito já não descansa em paz sobre si mesmo.

Diante disso, é preciso ler o aparato social de maneira crítica: cada instância social apresenta oportunidades, mas também perigos, dentre os quais, cabe aqui destacar, a segregação. É preciso resgatar a condição de dignidade originária do ser humano e, para isso, desnudá-lo ainda que apenas hipoteticamente destas referidas instâncias. Este é um exercício eficaz, que nos ajuda a perceber a verdadeira igualdade em todos nós. Na realidade, as diferenças entre as culturas, as religiões ou o estrato social são artificiais. Seria suficiente, porém, esta consciência mais crítica, pois as instâncias sociais, mesmo que reformuladas, parecem ser uma necessidade intrínseca ao ser humano.

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