A partir da década de 1970, ganhou espaço a interpretação
de que o imperialismo inglês foi a causa da Guerra do Paraguai, deflagrada em dezembro de 1864. Segundo essa vertente, o trono britânico teria utilizado o Império do Brasil, a
Argentina e o Uruguai para destruir um suposto modelo de
desenvolvimento paraguaio, industrializante, autônomo, que
não se submetia aos mandos e desmandos da potência de
então. Estudos desenvolvidos a partir da década de 1980,
porém, revelam um panorama bastante distinto.
(Francisco Doratioto. Paraguai: guerra maldita. Em: Luciano Figueiredo,
História do Brasil para ocupados, 2013. Adaptado)
Os novos estudos sobre a Guerra do Paraguai
(A) questionam a superioridade militar da aliança entre
Argentina, Brasil e Uruguai e consideram que a vitória
dessas nações derivou mais de algumas circunstâncias
favoráveis do que da competência bélica.
(B) apontam para o expansionismo territorial do Império do
Brasil como o principal causador dessa guerra, como
pode ser verificado por meio das pretensões brasileiras
por territórios divisos com o Paraguai e a Argentina.
(C) atribuem a responsabilidade do conflito aos quatro países envolvidos, que estavam em um momento particular
de suas histórias, porque se encontravam em meio aos
processos de construção e consolidação dos Estados
Nacionais.
(D) demonstram como a inabilidade diplomática das nações
envolvidas provocou uma guerra prolongada e muito cara,
que, em última instância, gerou forte dependência econômica da região durante o resto do século XIX.
(E) realçam a importância do Uruguai e da Argentina como
provocadores desse conflito regional porque defendiam
que a navegação do estuário do Prata fosse exclusividade
dessas nações, trazendo imediato prejuízo à Inglaterra.
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Letra C ) atribuem a responsabilidade do conflito aos quatro países envolvidos, que estavam em um momento particular de suas histórias, porque se encontravam em meio aos processos de construção e consolidação dos Estados Nacionais.
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