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Explicação:
Trasímaco, prezando a capacidade de expressão e a vaidade sofista, afirma que “a justiça é a conveniência do mais forte” (338c), e usa o governo como exemplo, por ser este o setor mais forte de uma cidade, já que estabelece as leis de acordo com sua conveniência e detêm a força no Estado (338c, 339a). Seja no poder monárquico (estado governado por um rei ou monarca), democrático (poder que emana do povo e é em nome dele constituído) ou aristocrático e que (governo monopolizado pela nobreza), “é justo para os governos aquilo que lhes convêm” (338e), pois são eles que detêm a força, já que são eles quem determina as leis.
Sócrates diz que os governantes também dão ordens que lhes são prejudiciais, já que podem cometer erros e que eles devem governar em favor dos súditos. Quando Trasímaco argumenta dizendo que os governantes não se enganam e promulgam a lei que é melhor para si, Sócrates diz que, assim como “a medicina não procura a conveniência da medicina, mas a do corpo [...] e nem uma nem outra arte a sua, pois de nada carece, mas aquele a quem pertence” (342c), entende-se que o governo faz o que é vantajoso para o mais fraco, pois este o pertence. Em outras palavras, o governo não existe para si mesmo, e sim para aquele no qual ele exerce sua função. Desta forma, Platão afirma ser “justiçaa conveniência do mais fraco" (346 e).