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Título da Redação: Ter vale mais que ser
Na literatura do século XVIII, o poeta árcade tinha como valores a natureza, simplicidade, pureza e beleza interior, como a essência da vida humana. Se esse pastor vivesse na modernidade, certamente já teria saído do campo para cidade e adquirido um novo padrão de vida: mais consumista e superficial. Essa ilustração é um exemplo do poder de influência em que a sociedade do consumo pode estabelecer sobre o indivíduo.
O Funk Ostentação tornou-se um estímulo para o consumismo exagerado. Quando o ritmo surgiu no Brasil, tinha como objetivo a aceitação das comunidades no espaço urbano. Atualmente o "novo funk" tem como temática a aquisição de riquezas, como: carros importados, roupas de grife, acessórios de ouro e mansões de luxo. Esses objetos dão um sentimento de poder e fama para quem os possuem, dessa forma, os jovens passam a sonhar com um padrão de vida, que muitas vezes nem existe.
Na ecologia, a competição é uma relação desarmônica em que uma espécie se beneficia em detrimento da outra. De forma análoga, as empresas competem entre si para ganhar a preferência do consumidor. Elas utilizam famosos do "universo" do produto para divulgá-los. A Beats contratou o DJ mais conceituado(David Guetta) para divulgar seus headphones. Nessa competição, o consumidor é o prejudicado, visto que na maioria das vezes compra os produtos de forma impulsiva e sem medir as consequências.
Os resultados do consumismo exagerado são graves. Muitos indivíduos para serem aceitos em determinados grupos, precisam adquirir produtos de alto custo, tendo como consequência o endividamento, valendo mais o "ter" em relação ao "ser". Dessa maneira, fica evidente os danos que o consumismo desenfreado pode provocar nos cidadãos.
O consumismo e o exibicionismo cada vez mais estão presentes na sociedade. Para reverter esse quadro, é necessário que haja o acréscimo de disciplinas no currículo escolar como a matemática financeira, formando assim cidadãos conscientes da melhor formar de administrar o seu dinheiro. Os pais devem aconselhar os filhos e impor limites para os filhos, deixando claro o que é necessário e o que não é, Em relação as publicidades abusivas, é necessário a atuação do Ministério da Justiça, para estabelecer limites no "mundo imaginário" das propagandas. Ações como essas, sem dúvida, contribuirão para solucionar o problema da ostentação.